Paris: "O intenso período eleitoral, no qual entramos, aumenta ainda mais o risco de os terroristas passarem à ação" (REUTERS/Pascal Rossignol)
AFP
Publicado em 15 de dezembro de 2016 às 21h40.
O estado de urgência foi prorrogado na França, nesta quinta-feira (15), e vai até 15 de julho de 2017, após as eleições presidencial e legislativas, em razão de uma ameaça terrorista "sem precedentes".
Esta foi a quinta prorrogação aprovada pelo Senado francês desde os atentados de 13 de novembro de 2015, em Paris e em seus arredores, que deixaram 130 mortos.
A medida já havia sido aprovada pela Assembleia Nacional há alguns dias.
Os dois turnos da eleição presidencial acontecem em 23 de abril e em 7 de maio de 2017 e, no caso das legislativas, serão em 11 e 18 de junho.
"O intenso período eleitoral, no qual entramos, aumenta ainda mais o risco de os terroristas passarem à ação", advertiu o ministro francês do Interior, Bruno Le Roux.
"A ameaça não baixou de intensidade, e cometeríamos um grave erro, se baixássemos a guarda", defendeu, lembrando que, desde a última prorrogação do estado de urgência, em julho passado, 13 tentativas de atentado foram desmanteladas.
Com isso, a França viverá seu mais longo período de estado de urgência ininterrupto - 20 meses - desde a criação desse regime de exceção em 1955, durante a guerra da Argélia.
Decretada pelo presidente francês, François Hollande, em 13 de novembro de 2015, a medida já havia sido estendida quatro vezes - uma delas, após o atentado de 14 de julho, em Nice, no qual 86 pessoas morreram.
Com isso, estão permitidas batidas em residências, inquéritos administrativos, proibição de manifestações, verificação de identidade, revista de bagagens e de veículos e fechamento de locais de reunião e assembleia.