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Estado de enfermeira britânica com ebola continua grave

Enquanto enfermeira continua entre a vida e a morte, um auxiliar de enfermagem ficará em observação nos Estados Unidos após voltar de Serra Leoa


	Ambulância leva paciente a hospital em Londres: enfermeira britânica continua entre a vida e a morte
 (Neil Hall/Reuters)

Ambulância leva paciente a hospital em Londres: enfermeira britânica continua entre a vida e a morte (Neil Hall/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2015 às 10h16.

A enfermeira britânica contaminada pelo vírus do ebola continua entre a vida e a morte neste domingo, enquanto um auxiliar de enfermagem ficará em observação nos Estados Unidos após seu regresso de Serra Leoa, onde foram detectados novos focos da doença.

O hospital londrino Royal Free Hospital, onde a enfermeira está isolada desde terça-feira, anunciou no sábado que Pauline Cafferkey, de 39 anos, se encontrava em estado grave.

"Seu estado de saúde piorou muito nos últimos dois dias", explicou o hospital.

O ministro da Saúde britânico, Jeremy Hunt, assegurou que ela está recebendo os melhores cuidados, e o primeiro ministro David Cameron disse no Twitter que seu "pensamento e prece" estavam com a enfermeira.

A paciente aceitou receber um tratamento antiviral experimental e plasma sanguíneo extraído de uma pessoa que já se curou da doença, na esperança de que os anticorpos presentes no plasma ajudassem a combater o vírus.

Para o professor Hugh Pennington, especialista em microbiologia, a partir de agora a enfermeira, que trabalhava em Serra Leoa para a organização Save the Children, só pode contar com a sorte para sobreviver.

"O plasma é provavelmente sua maior esperança de tratamento", considera.

Cafferkey é a segunda pessoa que recebe tratamento contra o ebola no Reino Unido, depois que o enfermeiro voluntário William Pooley foi internado e se recuperou satisfatoriamente no mesmo hospital.

O teste de detecção da doença deu positivo na segunda-feira em Glasgow, na Escócia, em seu retorno de uma missão em Serra Leoa.

"Para o ebola não há plano B"
Um auxiliar de enfermagem americano que trabalhou no mesmo país da África, onde esteve exposto ao vírus, será posto em observação neste domingo em um hospital de Nebraska, no centro dos Estados Unidos.

O empregado, cuja identidade não foi divulgada, chegará de avião ao centro médico, onde será examinado, e eventualmente submetido a tratamento.

"O paciente esteve exposto ao vírus, mas não está doente nem é contagioso", declarou o médico Phil Smith, diretor da unidade especializada do Nebraska Medical Center.

O Nebraska Medical Center, especialmente equipado para tratar dos afetados pelo vírus, já teve outros três pacientes contagiados. Dois sobreviveram, enquanto o terceiro, um médico de Serra Leoa residente nos Estados Unidos, que trabalhou em Freetown, faleceu em novembro.

"Vamos tomar todas as precauções necessárias. O paciente será colocado em observação no mesmo quarto utilizado para os três primeiros pacientes e será controlado com atenção para ver se a doença se desenvolve", afirmou.

No fim de dezembro, sem contar com Pauline Cafferkey, a Organização Mundial de Saúde (OMS) contabilizou 678 funcionários de saúde infectados pelo vírus, dos quais 382 morreram.

"Contra o ebola não há plano B, e o vírus deve ser vencido", declarou o novo chefe da Missão das Nações Unidas para Resposta de Emergência ao ebola(UNMEER), Ismail Ould Cheij Ahmed, que chegou a Acra para assumir a função.

Ahmed se mostrou otimista ao declarar que a epidemia que já deixou 8.000 mortos está ao "nosso alcance".

A UNMEER, com sede em Gana, foi criada para dirigir o combate ao vírus nos três países mais afetados: Libéria, Serra Leoa e Guiné.

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