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Estabilização dos reatores de Fukushima pode levar até 3 meses, diz relatório

No entanto, o material radioativo se mantém em temperatura relativamente baixa, o que reduz a chance de superaquecimento

Operários de Fukushima continuam os esforços para interromper o vazamento de água contaminada ao mar próximo à usina (Divulgação/Tepco)

Operários de Fukushima continuam os esforços para interromper o vazamento de água contaminada ao mar próximo à usina (Divulgação/Tepco)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2011 às 08h45.

Tóquio - O combustível nuclear parcialmente fundido pode estar acumulando na base dos reatores da usina de Fukushima, e a estabilização de seus reatores levará entre dois e três meses, indica um relatório da Sociedade de Energia Atômica do Japão divulgado nesta sexta-feira.

O organismo encarregado de observar a utilização segura da energia nuclear afirma no relatório que o combustível fundido se encontra na base das estruturas de contenção dos reatores 1, 2 e 3.

O relatório destaca, no entanto, que o material radioativo se mantém em temperatura relativamente baixa, o que reduz a chance de superaquecimento e o risco de danos serem causados na contenção de concreto que evita uma grande contaminação do terreno.

O levantamento, citado pela agência local "Kyodo", ressalta que a possibilidade de uma reação em cadeia do combustível fundido é mínima.

Além disso, o vice-presidente da organização, Takashi Sawada, antecipou que serão necessários entre dois e três meses para estabilizar as barras de combustível.

Enquanto isso, a Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da central de Fukushima, detectou pela terceira vez amostras de plutônio no solo da usina, mas em pequenas quantidades.

Além disso, a Tepco divulgou o aumento da radioatividade na água sob os reatores, enquanto tenta controlar o vazamento.

Os operários continuam nesta sexta-feira os esforços para interromper o vazamento de água contaminada ao mar próximo à usina.

Para isso, a Tepco instalará placas de aço em saídas de água do reator 2 e lançará sacos com zeólita, um mineral que absorve materiais radioativos, no litoral nos arredores da usina.

Nesta sexta-feira, os funcionários continuaram a injetar nitrogênio para prevenir uma explosão de hidrogênio na unidade 1, enquanto a Agência de Segurança Nuclear segue estudando a possibilidade de fazer o mesmo nas unidades 2 e 3.

Outra das tarefas em processo é a drenagem de água altamente radioativa no reator 2.

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