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Estabelecimentos em Paris preparam volta à normalidade

Alguns dos bares atacados pelos terroristas no dia 13 de novembro em Paris já começaram a preparar sua reabertura com a retirada das flores e mensagens deixadas


	Flores e velas deixadas na calçada em frente à casa de shows Bataclan, local de um dos ataques terroristas em Paris: "tomara que tudo ganhe vida de novo", pedia uma parisiense
 (Christopher Furlong/Getty Images/Getty Images)

Flores e velas deixadas na calçada em frente à casa de shows Bataclan, local de um dos ataques terroristas em Paris: "tomara que tudo ganhe vida de novo", pedia uma parisiense (Christopher Furlong/Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2015 às 16h59.

Paris - Alguns dos bares atacados pelos terroristas no dia 13 de novembro em Paris já começaram a preparar sua reabertura com a retirada das flores e mensagens deixadas em seus arredores e a reparação dos danos causados pelos atentados, nos quais morreram 130 pessoas.

É o caso do café Bonne Bière, onde nesta quarta-feira o interior do estabelecimento estava sendo pintado e os serviços de limpeza municipais recolhiam parte das velas e flores já murchas que ocuparam o local nas útlimas semanas.

"Tomara que tudo ganhe vida de novo", pedia uma parisiense que se aproximou por alguns minutos para contemplar as mudanças que aconteciam no espaço, no qual cinco pessoas foram assassinadas a queima-roupa por terroristas.

Luc, um morador da periferia de Paris, declarou à Agência Efe que "após um tempo de repouso e respeito pelas vítimas, é urgente retomar a vida normal e mostrar que os terroristas não nos venceram".

Ainda há muitos detalhes e mensagens apoiados na fachada do Le Petit Cambodge, o restaurante em que quatro pessoas morreram naquela noite, e em Le Carillon, onde 12 perderam a vida, mas seus proprietários já anunciaram a intenção de reabrir em janeiro ou "um pouco mais tarde".

Ambos os estabelecimentos são situados no X distrito de Paris, muito próximo à Praça da República e ao canal Saint-Martin, onde os jovens se reúnem nos fins de semana. O governador do distrito, Rémi Féraud, explicou hoje à emissora "BFM TV" que está sendo feito todo o possível para o local recuperar a rotina e fazer com que as pessoas voltem a circular por suas ruas.

"Mas não se pode esquecer o que aconteceu, é preciso permitir que o bairro recupere sua vida normal", afirmou.

Na casa de shows Bataclan, onde foram 90 pessoas assassinadas, tudo parece seguir igual a dias atrás. A entrada do estabelecimento está coberta por uma lona branca, ainda há flores, mensagens e bandeiras em memória às vítimas e policiais armados continuam a patrulhar o local.

Os donos da casa de espetáculos, Jules Frutos e Olivier Poubelle, disseram nesta quarta-feira em entrevista concedida ao jornal "Le Monde" o desejo de reabrir o mais rápido possível, assim que a investigação em curso permitir.

"Ainda não entramos na Bataclan por recomendação da polícia, que segue suas atividades", declarou Poubelle, consciente que a reabertura será "um caminho de espinhos", mas com a esperança de acontecer em "finais de 2016".

Sócios há 12 anos, os proprietários afirmam que não são a favor de memoriais ou homenagens que "reenviam à morte, reabrem a dor", e consideram que embora queiram respeitar o local e não destrui-lo, "ainda é cedo demais" para detalhar como tudo será feito.

O primeiro a dar esse passo, segundo confirmou o proprietário ao longo da semana ao jornal "Le Parisien", será o café Bonne Bière, com um gesto que se junta à intenção da população de não esquecer o dano, mas também não permitir que o medo consuma mais tempo. 

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