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Esses são os melhores (e piores) países do mundo para morrer

Pesquisa da Economist Intelligence Unit investigou a qualidade dos serviços de cuidados paliativos em 80 países. Confira o ranking e veja quem surpreendeu


	Cemitério: crescimento da população idosa no mundo traz à tona necessidade de os governos investirem em cuidados paliativos para seus cidadãos, constata pesquisa da The Economist Intelligence Unit
 (Medioimages/Photodisc/ThinkStock/Thinkstock)

Cemitério: crescimento da população idosa no mundo traz à tona necessidade de os governos investirem em cuidados paliativos para seus cidadãos, constata pesquisa da The Economist Intelligence Unit (Medioimages/Photodisc/ThinkStock/Thinkstock)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 14 de outubro de 2015 às 07h00.

São Paulo – Se tem uma coisa que a maioria das pessoas detesta pensar é em como será o fim da sua vida. Contudo, em um mundo no qual a população está ficando cada vez mais velha, cresce a necessidade de os países se planejarem e investirem em serviços de cuidados paliativos que possam garantir aos seus cidadãos uma morte digna e confortável.

E uma pesquisa divulgada neste mês pela The Economist Intelligence Unit investigou a qualidade desses tipos de serviços mundo afora e produziu ainda o “Quality of Death Index” (Índice de Qualidade da Morte), um ranking no qual foram eleitos os melhores e os piores lugares do mundo para morrer.

Atualmente em sua segunda edição, o índice avaliou 80 países em 20 diferentes indicadores e definiu “cuidados paliativos” como aqueles que prezam pela melhora na qualidade de vida de pacientes enfrentando riscos de morte e seus familiares. Incluem-se ainda nessa ideia a prevenção de doenças, o alívio do sofrimento e outros problemas de cunho emocional e psicológico.

Em primeiro lugar e pela segunda vez consecutiva considerado “o melhor lugar para morrer” está o Reino Unido. Também no topo do ranking estão Austrália, a Nova Zelândia, a Irlanda e a Bélgica. Em comum, esses países compartilham aspectos como altos gastos públicos na área da saúde e subsídios financeiros para garantir a acessibilidade aos serviços de cuidados paliativos.

O Brasil ficou no 42º lugar, na frente de outros países latinos como a Venezuela (45º) e o Peru (49º), mas atrás do Chile (27º), Costa Rica (29º), Panamá (31º) e Argentina (32º). No fim da lista, os piores desempenhos ficaram com o Iraque (80º), Bangladesh (79º) e Filipinas (78º). 

Cases de sucesso

Um dos países que surpreendeu no ranking foi a Mongólia. O país ficou em 28º na lista da consultoria e foi citado pelo estudo como “impressionante”. A grande força por trás do desempenho, mostrou o estudo, é a médica Odontuya Davaasuren, para quem a acessibilidade aos cuidados paliativos uma questão de direitos humanos.

Desde os anos 2000, ela pressiona o governo do país no desenvolvimento de políticas públicas nessa área e uma de suas maiores conquistas foi a inclusão de treinamentos nas grades de ensino de escolas de medicina e serviço social. 

Ranking

Veja na tabela abaixo quais os melhores países para morrer:

País Nota
Reino Unido 93,9
Austrália 91,6
Nova Zelândia 87,6
Irlanda 85,8
Bélgica 84,5
Taiwan 83,1
Alemanha 82
Holanda 80,9
Estados Unidos 80,8
França 79,4

Agora confira quais os piores:

País Nota
Iraque 12,5
Bangladesh 14,1
Filipinas 15,3
Nigéria 16,9
Mianmar 17,1
República Dominicana 17,2
Guatemala 20,9
Irã 21,2
Botswana 22,8
China 23,3
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