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Esquerda grega declara vitória histórica contra austeridade

Resultados das eleições para o Parlamento Europeu apontaram partido contra os planos de regaste como vencedor


	Alexis Tsipras: vitória marca a primeira vez que uma legenda da esquerda radical vence uma eleição em nível nacional na Grécia moderna
 (Odd Andersen/AFP)

Alexis Tsipras: vitória marca a primeira vez que uma legenda da esquerda radical vence uma eleição em nível nacional na Grécia moderna (Odd Andersen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2014 às 11h12.

Atenas - O líder da oposição grega de extrema-esquerda Alexis Tsipras declarou vitória sobre As políticas de austeridade do governo, nesta segunda-feira, depois que os resultados das eleições para o Parlamento Europeu apontaram seu partido, que é contra os planos de regaste, como vencedor.

A vitória do partido Syriza marca a primeira vez que uma legenda da esquerda radical vence uma eleição em nível nacional na Grécia moderna, ainda que tenha ficado aquém dos 5 pontos percentuais de margem de vitória, que poderiam sacudir o frágil governo de coalizão.

"Esta é uma vitória histórica", disse Tsipras, líder do Syriza, a uma multidão nas primeiras horas desta segunda-feira. "Hoje, toda a Europa está falando da Grécia, que condenou a austeridade".

Em toda a União Europeia os partidos de extrema direita e esquerda que são contra o bloco europeu obtiveram ganhos significativos nas eleições. Suas pontuações foram amplificadas por um baixo comparecimento às urnas.

Com 95 por cento dos votos contados na Grécia, o Syriza estava com 26,5 por cento, à frente dos conservadores da Nova Democracia, do primeiro-ministro Antonis Samaras, que conseguiram 22,8 por cento, segundo informações oficiais.

O partido também ganhou as eleições para governador da região metropolitana de Atenas, que abriga cerca de um terço da população, conseguindo uma nova vitória nas eleições locais realizadas simultaneamente.

A votação de domingo foi vista como um teste decisivo sobre o apoio a Samaras, cujo governo impôs cortes salariais e de aposentadorias, a pedido dos credores da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional, que financiam a Grécia desde que ele assumiu o poder em 2012.

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