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Esposa de Assad defende o marido

A mensagem de apoio enviada por e-mail é a primeira declaração de Asma al-Assad à imprensa internacional desde o início dos protestos contra o regime de seu marido

O presidente sírio e sua esposa, Asma al-Assad: ela desapareceu da vida pública desde o início da revolta e foi criticada pelo silêncio sobre a crise  (AFP)

O presidente sírio e sua esposa, Asma al-Assad: ela desapareceu da vida pública desde o início da revolta e foi criticada pelo silêncio sobre a crise (AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 17h42.

Londres - A esposa do presidente sírio, Asma al-Assad, cuja família é natural da cidade de Homs, manifestou apoio ao marido Bashar al-Assad pela primeira vez desde o princípio da rebelião contra o regime há 11 meses, informa o jornal britânico The Times.

"O presidente é o presidente da Síria, não de uma facção de sírios, e a primeira-dama o apoia neste papel", afirma em um e-mail enviado de seu gabinete por um intermediário ao Times.

A mensagem é a primeira declaração de Asma al-Assad à imprensa internacional desde o início dos protestos contra o regime, afirma o jornal.

"A agenda extremamente carregada da primeira-dama segue consagrada principalmente às associações de caridade com as quais está comprometida há muito tempo, ao desenvolvimento rural e ao respaldo ao presidente", afirma a mensagem eletrônica.

"Nestes dias, também atua para estimular o diálogo. Escuta e reconforta as famílias vítimas da violência".

O texto foi divulgado depois dos ataques do Exército sírio aos insurgentes na segunda-feira, especialmente na cidade de Homs, que mataram 98 pessoas, segundo a oposição.

Ao contrário do marido, que pertence à minoria alauita, Asma al-Assad, 36 anos, nascida na Inglaterra, é muçulmana sunita e sua família é procedente de Homs.

Muito carismática, ex-assessora de investimentos, formada no King's College de Londres, ajudou a promover o regime do marido.

Ela virtualmente desapareceu da vida pública desde o início da revolta e foi criticada pelo silêncio sobre a crise que matou mais de 5.000 pessoas.

Reapareceu no mês passado ao lado dos dois filhos durante uma manifestação de apoio ao marido.

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