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Especialista dos EUA diz que "não é hora de recuar" contra o coronavírus

Anthony Fauci, maior especialista em doenças infecciosas dos EUA, diz que há "sinais favoráveis", mas não é recomendado "sair prematuramente" da quarentena

Ruas vazias em Nova Orleans: os EUA têm mais de 467.000 casos de coronavírus (Carlos Barria/Reuters)

Ruas vazias em Nova Orleans: os EUA têm mais de 467.000 casos de coronavírus (Carlos Barria/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2020 às 13h27.

Última atualização em 10 de abril de 2020 às 13h28.

Washington - O maior especialista em doenças infecciosas dos Estados Unidos alertou nesta sexta-feira que, embora locais duramente atingidos pelo coronavírus, como o Estado de Nova York, estejam mostrando resultados positivos na luta contra a doença, é cedo demais para amenizar as restrições aos norte-americanos.

O alerta de Anthony Fauci veio depois de as principais autoridades econômicas do governo do presidente dos EUA, Donald Trump, dizerem no dia anterior que acreditam que a economia do país pode começar a voltar à atividade normal em maio, apesar de especialistas de saúde exortarem a manutenção do distanciamento social para derrotar o coronavírus.

Trump, republicano que almeja se reeleger em 3 de novembro, deixou claro que quer reativar a economia o mais cedo possível.

"Com sorte, recomeçaremos... muito, muito, muito, muito em breve, espero", disse ele na quinta-feira durante a entrevista diária sobre o coronavírus na Casa Branca.

"O que estamos vendo neste momento são alguns sinais favoráveis", disse Fauci em uma entrevista à CNN, citando avanços em Nova York. Mas antes de reabrir a sociedade, acrescentou, "gostaríamos de ver um indício claro de que se estamos indo muito, muito clara e fortemente na direção certa. Porque exatamente aquilo que não queremos fazer é sair prematuramente e acabar na mesma situação".

Como muitos norte-americanos comemoram o feriado da Páscoa cristã no domingo, Fauci disse que é importante manter as medidas de distanciamento social em vigor. "Agora não é hora de recuar", afirmou.

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