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Especialista da ONU condena medidas do CS contra Al Qaeda e Talibã

As iniciativas do Conselho de Segurança da ONU no combate ao terrorismo foram excessivas segundo relator especial do organismo

A ONU relacionou as duas redes em listas distintas enumerando os objetivos dos grupos (Getty Images)

A ONU relacionou as duas redes em listas distintas enumerando os objetivos dos grupos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2011 às 14h26.

Brasília – As iniciativas do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) no combate ao terrorismo no mundo são consideradas excessivas e violadoras dos direitos humanos. A crítica é do relator especial sobre a Proteção dos Direitos Humanos na Luta contra o Terrorismo nas Nações Unidas, Martin Scheinin.

Scheinin disse que o Conselho de Segurança “excedeu” seus poderes nas decisões sobre as redes Al Qaeda e Talibã. No último dia 17, a ONU relacionou as duas redes em listas distintas enumerando os objetivos e as ações defendidas pelos integrantes desses grupos. A tentativa é atrair a atenção de eventuais integrantes no processo de reconciliação no Afeganistão. Até então, ambas estavam no comitê de sanções das Nações Unidas.

Para os diplomatas, a distinção mostra que o Talibã e a Al Qaeda são redes com objetivos diferentes. Al Qaeda tem como missão a Jihad (guerra santa) global, enquanto o Talibã está envolvido em um processo de insurgência focado no Afeganistão.

Para Scheinin, a ONU errou ao elaborar uma lista sobre as duas redes, sem mencionar um prazo final para que deixe de vigorar. Segundo ele, a lista, da forma como está, tem um caráter de permanência. De acordo com o especialista, o Conselho de Segurança deve definir ainda os locais de “combate” contra a Al Qaeda e o Talibã.

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