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Espanha supera os 4.000 mortos pelo coronavírus

No seu balanço diário, o ministério da Saúde relatou 655 novos mortos, o que eleva o total a 4.089, a metade deles na região de Madri

Espanha: o país é o segundo com mais mortos por coronavírus no mundo, atrás apenas da Itália (Foto/AFP)

Espanha: o país é o segundo com mais mortos por coronavírus no mundo, atrás apenas da Itália (Foto/AFP)

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AFP

Publicado em 26 de março de 2020 às 14h59.

Última atualização em 27 de março de 2020 às 00h19.

A pandemia de coronavírus superou nesta quinta-feira (26) os 4.000 mortos na Espanha, onde as autoridades esperam estar chegando ao limite de casos, em um país com muitos hospitais sobrecarregados pelo fluxo de pacientes.

No seu balanço diário, o ministério da Saúde relatou 655 novos mortos, o que eleva o total a 4.089, a metade deles na região de Madri, 2.090.

A Espanha é o segundo país do mundo com mais mortos pela Covid-19, atrás apenas da Itália. Fernando Simón, diretor do centro de emergências sanitárias, indicou que "87% dos mortos têm mais de 70 anos".

Os casos confirmados são 56.188, e 7.015 pessoas foram curadas, 30% há mais em 24 horas.

O aumento dos números foi vertiginoso na última semana em uma Espanha submetida a um confinamento quase total desde 14 de março, para reduzir o risco de transmissão. Desde sexta-feira o número de mortos quadruplicou.

No entanto, as autoridades destacaram o forte aumento de curados e a redução no ritmo de mortos, que nesta quinta-feira aumentou 19%, menos do que na quarta-feira (+27%), quando se alcançou um recorde de 738 mortos.

O ritmo de infecções também tem sido moderado, e nesta quinta-feira o aumento foi de 18%, dois pontos a menos do que nos dois últimos dias.

Com muita cautela, o ministro da Saúde, Salvador Illa, disse que "os dados dos últimos dias indicam uma mudança de tendência", e que "o número de casos pode estar se aproximando de seu limite".

No entanto, alertou que, uma vez ultrapassado esse limite, haverá "um efeito de acumulação" nos hospitais, devido ao prolongado período de internação que muitos pacientes necessitam.

- Compras maciças de material -

A situação é crítica em diversos hospitais do país, onde profissionais de especialidades distintas foram mobilizados para atender o fluxo de pacientes, e as unidades de cuidados intensivos estão sobrecarregadas.

Os profissionais denunciam, além disso, uma falta aguda de material de proteção, principalmente máscaras, assim como respiradores e equipamentos para fazer mais diagnósticos.

"As emergências estão sobrecarregadas no momento", disse à AFP Jorge Rivera, porta-voz do hospital de Leganés, próximo a Madri.

A Espanha pediu nesta semana ajuda à OTAN para obter máscaras, testes rápidos e ventiladores para assistência respiratória.

- Objetivo: massificar os testes -

Para acelerar os diagnósticos e combater a pandemia de forma mais eficaz, a Espanha confia também em estender massivamente os testes rápidos, quando até o momento tem realizado diagnósticos com um método mais trabalhoso, obtendo entre 15.000 e 20.000 testes diários.

Segundo Fernando Simón, nos próximos dias chegarão do exterior "em torno de 5 milhões" de testes rápidos.

Em paralelo, estão trabalhando com empresas locais de biotecnologia "para que esses testes possam ser produzidos na Espanha em um breve prazo".

A Espanha e seus mais de 46 milhões de habitantes continuarão sob confinamento pelo menos até 11 de abril.

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