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Espanha revê segurança de trens após acidente com 79 mortes

Acidente levantou questionamentos sobre os sistemas de segurança e sinalização da rede ferroviária de alta velocidade


	Parte de trem acidentado na Espanha: rede ferroviária da Espanha combina linhas de alta velocidade, com mecanismos sofisticados de segurança, e linhas convencionais, como no local do acidente
 (REUTERS/Miguel Vidal)

Parte de trem acidentado na Espanha: rede ferroviária da Espanha combina linhas de alta velocidade, com mecanismos sofisticados de segurança, e linhas convencionais, como no local do acidente (REUTERS/Miguel Vidal)

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Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2013 às 09h08.

Madri - A Espanha está revendo a segurança do sistema ferroviário do país após um acidente de trem na Galícia que matou 79 pessoas no mês passado, disse a ministra de Obras Públicas, Ana Pastor, nesta sexta-feira.

O descarrilamento do trem em uma curva nos arredores da cidade de Santiago de Compostela foi atribuído ao excesso de velocidade e erro humano. Mas o acidente também levantou questionamentos sobre os sistemas de segurança e sinalização da rede ferroviária de alta velocidade.

Falando perante uma comissão parlamentar, Pastor disse que havia contratado auditores para rever o limite máximo de velocidade em cada trecho da malha ferroviária da Espanha, para impedir que tal tragédia ocorra novamente.

"Vamos rever todos os protocolos e sistemas, a tabela de limites de velocidade, tudo", disse Pastor.

A rede ferroviária da Espanha combina linhas que são exclusivamente de alta velocidade, com mecanismos sofisticados de segurança, e linhas convencionais, como no local do acidente em Santiago, com sinais de frenagem automática menos rigorosos.

Alguns trens de alta velocidade usam ambos os tipos de trilhos, e os motoristas devem alternar entre os dois sistemas.

A Espanha tem investido 45 bilhões de euros ao longo de mais de 20 anos na construção da segunda maior rede de trens de alta velocidade do mundo, que continuou a se expandir, apesar de estagnação econômica e do alto déficit orçamentário.

Francisco Garzón, de 52 anos, que conduzia o trem que se acidentou em 24 de julho, foi acusado de homicídio por negligência e aguarda o julgamento em liberdade.

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