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Espanha rejeita extradição de ex-general da Venezuela aos EUA

O ex-general Hugo Carvajal foi preso pela polícia da Espanha acusado de tráfico de drogas em abril a pedido dos Estados Unidos

Venezuela: durante audiência, Carvajal disse que Washington está fabricando as acusações (Miraflores Palace/Reuters)

Venezuela: durante audiência, Carvajal disse que Washington está fabricando as acusações (Miraflores Palace/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de setembro de 2019 às 12h57.

Madri — A Alta Corte da Espanha determinou nesta segunda-feira que o governo deveria recusar um pedido dos Estados Unidos para extraditar um ex-chefe da inteligência militar da Venezuela.

O ex-general Hugo Carvajal foi preso pela polícia da Espanha acusado de tráfico de drogas em abril a pedido de Washington, que diz acreditar que ele compartilhará informações incriminadoras sobre o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

A corte disse que o ex-chefe de espionagem será solto da prisão, onde aguardava o processo de extradição, mas não informou quando isso deve ocorrer.

O governo espanhol tem a palavra final sobre as extradições, mas tende a seguir os veredictos do tribunal.

Carvajal foi aliado do falecido líder socialista venezuelano Hugo Chávez e se voltou contra Maduro, o sucessor de Chávez. Ele negou as acusações de que ajudou rebeldes das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) a contrabandearem cocaína aos EUA.

Na semana passada, durante a audiência de extradição, Carvajal disse que Washington está fabricando as acusações, o que colocou em dúvida sua cooperação futura com Washington.

A corte rejeitou a extradição apesar da recomendação do Procurador-Geral para que ela fosse concedida, e explicará sua decisão na terça-feira.

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