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Espanha proíbe candidatura de ex-presidente catalão ao Parlamento Europeu

As candidaturas de Carles Puigdemont e dois de seus ex-ministros, feitas pelo partido Juntos pela Catalunha, foram barradas pela Justiça da Espanha

A eleição do Parlamento Europeu acontece no dia 26 de maio (Yves Herman/Reuters)

A eleição do Parlamento Europeu acontece no dia 26 de maio (Yves Herman/Reuters)

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AFP

Publicado em 29 de abril de 2019 às 12h30.

O ex-presidente catalão Carles Puigdemont e dois de seus ex-ministros regionais, foragidos da Justiça na Espanha, foram excluídos das eleições europeias de 26 de maio pela Junta Eleitoral Espanhola - denunciou o partido Juntos pela Catalunha (JxCat).

Em um comunicado, o partido chamou a medida da Junta Eleitoral como uma "flagrante violação dos direitos fundamentais" de Puigdemont, Toni Comín e Clara Ponsatí, que tiveram as candidaturas nos três primeiros lugares da lista ao Parlamento Europeu anunciadas pelo JxCat em março.

A notificação apresentada à AFP pelo partido mostra que a Junta Eleitoral desclassificou os três candidatos a pedido do conservador Partido Popular e do liberal Cidadãos, que alegaram em sua demanda que o trio não reunia as condições para a candidatura.

Procurada pela AFP, a Junta Eleitoral não fez comentários.

"Querem silenciar e afastar uma candidatura para que não possam explicar no coração das instituições europeias aquilo que representa: a decisão de milhões de catalães de constituir uma república", afirmou o JxCat.

O partido catalão anunciou que mobilizará de forma "imediata todas as ações jurídicas no Estado espanhol e na Europa para defender os direitos dos três candidatos".

"Não há nenhum obstáculo jurídico, exceto que desejam excluí-los por motivos políticos", disse o advogado de Puigdemont, Gonzalo Boye, à AFP.

Puigdemont e os outros dois membros de seu ex-governo regional abandonaram a Espanha após a tentativa de independência da Catalunha em outubro de 2017.

Outros 12 líderes separatistas que permaneceram na Espanha são julgados em Madri por seu papel na tentativa de secessão.

Puigdemont, que mora na Bélgica e é objeto de uma ordem de prisão na Espanha, afirmou no início do mês que sua candidatura pretendia levar a luta "ao seio da instituição que representa os cidadãos da Europa".

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