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Espanha pede bloqueio das contas de ex-tesoureiro do PP

Juiz espanhol pediu ao Uruguai o bloqueio das contas de Luis Bárcenas, ex-tesoureiro do Partido Popular no país sul-americano


	Luis Bárcenas: ex-tesoureiro do PP uruguaio é acusado de transferir em 2009 pelo menos 800 mil euros do banco suíço Lombard Odier para uma sociedade anônima uruguaia denominada Tedesul
 (Juan Medina/Reuters)

Luis Bárcenas: ex-tesoureiro do PP uruguaio é acusado de transferir em 2009 pelo menos 800 mil euros do banco suíço Lombard Odier para uma sociedade anônima uruguaia denominada Tedesul (Juan Medina/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2013 às 12h57.

Madri - Um juiz da Audiência Nacional da Espanha, um tribunal com jurisdição em todo território do país, pediu nesta terça-feira ao Uruguai o bloqueio das contas do ex-tesoureiro do Partido Popular (PP) Luis Bárcenas, tanto em seu nome como em nome da sociedade Tesedul, e que as autoridades do país sul-americano confirmem que ele está sendo investigado no país.

Através de um auto o juiz Pablo Ruz tomou a decisão de enviar uma carta rogatória ao Uruguai para obter informações sobre a investigação feita por um tribunal especializado em crime organizado sobre Bárcenas, que supostamente transferiu em 2009 pelo menos 800 mil euros do banco suíço Lombard Odier para a Tedesul.

Trata-se da primeira carta rogatória que o juiz envia ao Uruguai, mas já pediu ajuda judicial a outros 21 países, especialmente à Suíça, onde o ex-tesoureiro do PP chegou a acumular 48 milhões de euros e cujas autoridades já cumpriram as medidas de 35 cartas rogatórias por esse caso.

Bárcenas entregou a Ruz há poucos dias uma série de documentos para provar que durante anos existiu no PP um caixa dois com as doações irregulares de empresários e também a entrega de envelopes com dinheiro para altos dirigentes do partido, entre eles o atual presidente do governo, Mariano Rajoy, e a "número dois" do partido, María Dolores de Cospedal, entre outros.

Na semana passada o escritório da Interpol no Uruguai comunicou à Polícia Nacional da Espanha que um tribunal do país começou uma investigação contra Luis Bárcenas.

A investigação está a cargo de um dos dois tribunais especializados em crime organizado no Uruguai, mas se negaram a oferecer mais detalhes sobre o processo.

Bárcenas é acusado de ter transferido em 2009 pelo menos 800 mil euros (mais de US$ 1 milhão) do banco suíço Lombard Odier para uma sociedade anônima uruguaia denominada Tedesul.

A investigação judicial é por lavagem de dinheiro.

O jornal "El Observador" informou que para realizar essa suposta transferência da Suíça, Bárcenas utilizou uma sociedade anônima uruguaia criada em dezembro de 2008 com um capital de 90 mil euros, com o nome de Tedesul e presidida pelo argentino Eduardo Bel.

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