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Espanha ordena prisão para 4 acusados de recrutar jihadistas

Os homens realizavam trabalhos de proselitismo e doutrinamento através de redes sociais; um deles criou grupo no Whatsapp para recrutar mulheres


	Acusados foram detidos na última terça-feira na região da Catalunha (nordeste da Espanha) e na cidade de Melilla, no norte da África e fronteiriça com o Marrocos
 (Gerard Julien/AFP)

Acusados foram detidos na última terça-feira na região da Catalunha (nordeste da Espanha) e na cidade de Melilla, no norte da África e fronteiriça com o Marrocos (Gerard Julien/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 14h11.

Madri - Um juiz da Audiência Nacional espanhola ordenou nesta quinta-feira a prisão incondicional para quatro supostos membros de uma rede de recrutamento e doutrinamento jihadista para a organização terrorista Estado Islâmico (EI).

Os acusados foram detidos na terça-feira na região da Catalunha (nordeste) e na cidade de Melilla, no norte da África e fronteiriça com o Marrocos.

O juiz Santiago Pedraz decretou a prisão para os detidos a pedido da promotora e após ouvir as declarações dos quatro, que são acusados de pertinência a organização terrorista por realizar trabalhos de proselitismo e doutrinamento através de redes sociais, principalmente Facebook, segundo fontes judiciais.

Um dos detidos também é acusado de criar um grupo de Whatsapp com o qual pretendia captar mulheres para que se somassem aos jihadistas.

O Ministério do Interior indicou que um dos detidos administrou uma comunidade virtual onde era editado material propagandístico do Estado Islâmico, um site que chegou a ter mais de mil de seguidores e um grande impacto em zonas da Espanha.

No Facebook, também havia multidão de partidários fora da Espanha, concretamente na América Latina e outros países tão díspares como a Bélgica, França, Paquistão, Marrocos, Arábia Saudita, Estados Unidos, Turquia e Tunísia.

Os detidos em Melilla são dois irmãos cuja irmã, menor de idade, foi detida em dezembro no marco da operação policial chamada Kibera contra o envio de mulheres para o Estado Islâmico. Os outros dois foram detidos em Barcelona e Gerona (nordeste).

Segundo o Ministério do Interior, os dois irmãos de Melilla eram supostamente responsáveis pela criação e administração de diversas plataformas de internet, através das quais divulgavam todo tipo de material de grupos terroristas, especialmente o conhecido como Daesh ou Estado Islâmico.

Estes dois detidos supostamente editavam e traduziam para Espanhol os textos propagandísticos e, além de fazer apologia de táticas terroristas, com especial insistência no ato de martírio, ambos se dedicavam também ao recrutamento de mulheres, que acabavam se integrando em dito grupo terrorista.

As atividades de recrutamento não se limitavam ao entorno virtual, mas os dois detidos usavam de reuniões privadas em domicílios onde mostravam a potenciais muçulmanos captados os vídeos mais atuais e midiáticos do EI, segundo as fontes.

Os outros dois detidos na Catalunha supostamente interagiam nestas plataformas administradas pelos detidos em Melilla e seus perfis eram diferentes: um deles editava e divulgava o material vídeo-gráfico desenhado para o recrutamento de novos jihadistas.

O outro foi definido pelos investigadores como solitário e ele mesmo tinha se definido em uma reportagem da rede de televisão 'CNN' sobre radicalização islamita como um simpatizante do Estado Islâmico residente em uma sociedade ocidental, segundo as fontes. 

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