Reunião do Conselho de Segurança: Espanha superou a Turquia (Mario Tama/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de outubro de 2014 às 14h38.
A Espanha foi eleita nesta quinta-feira pela Assembleia Geral da ONU como membro não permanente do Conselho de Segurança para o biênio 2015-2016.
A candidatura espanhola obteve o apoio de 132 países na terceira rodada de votação, na qual superou a Turquia, respaldada por 60 dos 193 Estados-membros.
O voto restante até completar os 193 membros foi uma abstenção, embora se desconheça o país pois a votação é feita em segredo.
Espanha e Turquia se enfrentavam por uma vaga reservada ao grupo da Europa Ocidental e outros países, depois que a Nova Zelândia levou a outra disponível na primeira votação.
O Conselho de Segurança conta com cinco membros permanentes (Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia) e dez não permanentes, que são escolhidos por períodos de dois anos e que têm voto mas não capacidade de veto como as cinco potências.
A Espanha já ocupou um assento não permanente do principal órgão de decisões das Nações Unidas em quatro ocasiões (1969-1970, 1981-1982, 1993-1994 e 2003-2004), e tinha transformado sua volta ao Conselho em uma das grandes prioridades de sua política externa este ano.
Junto à Espanha, a Assembleia Geral elegeu Angola, Malásia, Venezuela e Nova Zelândia.
Estes países se somam aos outros cinco membros não permanentes do Conselho que continuarão seu mandato em 2015: Chade, Chile, Jordânia, Lituânia e Nigéria.
Durante os últimos meses, a Espanha realizou uma silenciosa campanha para obter os apoios necessários.
Além disso, o ministro de Relações Exteriores do país, José Manuel García-Margallo, trabalhou em Nova York durante os últimos dias para obter as últimas promessas de voto e hoje representou o país na reunião da Assembleia Geral.
Logo depois de conhecer os resultados, que foram anunciados pelo presidente da Assembleia Geral, o ugandense Sam Kutesa, García-Margallo foi felicitado por diferentes representantes do corpo diplomático da ONU.
Antes disso, ao se anunciar a vitória da Espanha, os membros da Assembleia Geral aplaudiram a escolha, antes inclusive de se saber quantos votos tinha conseguido a Turquia.