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Espanha investirá 30 milhões de euros em atendimento a imigrantes

Chegadas de imigrantes nos últimos dias, cerca de mil pessoas por semana, quase provocaram colapso no serviço, com centenas de pessoas abrigadas em quadras

Imigração: ministra espanhola ressaltou que questão é assunto que cabe a toda União Europeia (Jon Nazca/Reuters)

Imigração: ministra espanhola ressaltou que questão é assunto que cabe a toda União Europeia (Jon Nazca/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de julho de 2018 às 17h53.

Madri - O governo da Espanha anunciou nesta sexta-feira que disponibilizará 30 milhões de euros (cerca de R$ 129,9 milhões) até o final do ano para reforçar o sistema de atendimento migratório na fronteira do país com o Marrocos, um plano de emergência para amenizar a situação que vem se tornando crítica no local.

As chegadas contínuas de imigrantes nos últimos dias, cerca de mil pessoas por semana, quase provocaram um colapso no serviço, com centenas abrigadas em quadras e centros sociais espalhados por diferentes cidades do sul da Espanha.

Segundo a Ministra do Trabalho, Migrações e Previdência Social do país, Magdalena Valerio, os acordos do governo espanhol contam com o apoio de várias organizações humanitárias, como a Cruz Vermelha.

"Queremos reforçar esse atendimento humanitário com as pessoas que estão vindo. A ideia é dar mais condições para as equipes que estão atuando no litoral do país. Estamos buscando uma solução para todo esse movimento migratório", explicou Magdalena.

A ministra ressaltou que a questão dos imigrantes é um assunto que cabe a toda União Europeia e pediu à Bruxelas mais recursos e apoio para conter a pressão na fronteira no sul da Espanha.

"Precisamos de mais recursos e de mais ajuda da União Europeia porque isto é um problema coletivo, global, mas que para os países com esta pressão migratória se transforma em uma situação problemática", afirmou.

A ministra disse ainda que o governo espanhol ficou muito preocupado após o incidente desta quinta-feira em Ceuta, que faz divisa com Marrocos, onde 16 agentes da guarda civil ficaram feridos após a entrada de 602 imigrantes pela fronteira.

"Estamos preocupados com o que está acontecendo. É evidente que precisamos reforçar as forças de segurança do país e aumentar o número de funcionários. Estamos dando todo nosso apoio aos agentes feridos", afirmou Magdalena.

De 1º de janeiro a 15 de julho deste ano foram realizadas 3.125 entradas irregulares de imigrantes por via terrestre nas cidades de Ceuta e Melilla. No mesmo período, houve um total de 16.872 imigrantes entrando de forma irregular nas regiões mediterrâneas da Espanha.

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