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Espanha endurece restrições em meio ao aumento de mortos

Vírus matou 838 pessoas neste sábado, elevando o número total de mortes no país para 6.528

Enterro de espanhol por covid-19: país perde apenas para a Itália em vítimas fatais (Vincent West/Reuters)

Enterro de espanhol por covid-19: país perde apenas para a Itália em vítimas fatais (Vincent West/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de março de 2020 às 14h03.

A Espanha se preparava para entrar em sua terceira semana em isolamento quase total, neste domingo, quando o governo aprovou um fortalecimento de medidas para conter a disseminação do coronavírus, que matou 838 pessoas no último dia, elevando o número total de mortes no país para 6.528.

Perdendo apenas para a Itália em vítimas fatais, a Espanha também viu as infecções subirem de 72.248 para 78.797 em relação ao dia anterior.

O primeiro-ministro Pedro Sánchez, em discurso televisionado ao país na noite de sábado, anunciou que todos os trabalhadores não essenciais devem ficar em casa por duas semanas, na mais recente medida do governo na luta contra o coronavírus.

Ele disse que os trabalhadores receberão seus salários habituais, mas terão que compensar as horas perdidas posteriormente. A medida vai durar de 30 de março a 9 de abril.

No domingo, a ministra do Trabalho, Yolanda Diaz, afirmou que a medida é "flexível" e que os trabalhadores serão remunerados, mas espera-se que os dias sejam compensados antes de 31 de dezembro.

"Precisamos reduzir a mobilidade ao nível dos domingos", disse ela, acrescentando que, considerando o feriado da Páscoa, as medidas abrangem oito dias úteis.

Ela repetiu os pedidos do primeiro-ministro Sánchez para que a União Europeia reaja, dizendo: "precisamos de uma Europa na qual os direitos dos trabalhadores sejam reforçados".

Os sindicatos elogiaram as medidas e os grupos empresariais CEOE e CEPYME disseram que vão cumprir a nova regra, mas que "ela gerará um enorme impacto sem precedentes na economia espanhola, especialmente em setores como a indústria".

A desaceleração "pode levar a uma crise mais profunda da economia que pode se tornar social", alertaram em comunicado.

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