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Espanha eleva previsão de desemprego para 19,8%

Nova estimativa do governo espanhol também diminui a previsão de crescimento para os dois próximos anos

Elena Salgado, ministra da Economia da Espanha: previsão de crescimento de 1,3% em 2011 (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Elena Salgado, ministra da Economia da Espanha: previsão de crescimento de 1,3% em 2011 (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2011 às 13h55.

Madri - O Governo espanhol aumentou 5 décimos, até 19,8%, na sua previsão da taxa de desemprego para 2011 na Espanha, mas acredita que a economia do país crescerá 1,3% no conjunto do ano.

A ministra da Economia e Fazenda, Elena Salgado, apresentou nesta quarta-feira o último quadro macroeconômico para o período 2011-2013, no qual o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) se revisou para baixo para os dois próximos anos até 2,3% em 2012 e 2,4% em 2013.

A revisão se baseia na expectativa de taxas de juros mais altos e um encarecimento das matérias-primas.

O Banco da Espanha calculou em seu último boletim mensal que o desemprego não começará a cair até 2012 e situou a taxa de desemprego neste ano acima de 20% da população ativa.

A crise econômica que atingiu a Espanha desde 2008 representa um grande golpe no mercado de trabalho, o que unido ao prejuízo do setor imobiliário, que tinha sido nos últimos anos o motor da economia espanhola, elevou o número de desempregados a 4,5 milhões de pessoas.

Apesar da manutenção do crescimento previsto para este ano, o Governo tem piores perspectivas sobre a evolução do consumo final, que crescerá 0,4% em lugar de 0,9%, embora espere que o investimento caia menos que o previsto, 1,5%.

Salgado explicou que os indicadores conhecidos neste ano apontam a que o consumo vai a crescer menos que o esperado pela "grande" queda da taxa de economia dos espanhóis.

Desta forma, a contribuição nacional ao Produto Interno Bruto (PIB) será nula em vez de 0,4% como tinha calculado anteriormente o Executivo.

Pelo contrário, o Governo prevê que a contribuição do setor exterior ao crescimento econômico será superior, ao passar de 0,9% para 1,3%, graças a um melhor comportamento das exportações, que crescerão 8,3% em vez de 6,4%.

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