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Espanha diz que ajudará em gestão de crise no Paraguai

Essa afirmação foi feita nesta segunda-feira em Luxemburgo pelo ministro de Relações Exteriores espanhol, José Manuel García-Margallo

O novo presidente do Paraguai, Federico Franco, na posse de sua equipe ministerial: o governo espanhol acusou o impeachment de não oferecer garantias processuais (Marcello Casal Jr./ABr)

O novo presidente do Paraguai, Federico Franco, na posse de sua equipe ministerial: o governo espanhol acusou o impeachment de não oferecer garantias processuais (Marcello Casal Jr./ABr)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2012 às 14h55.

Luxemburgo - O governo da Espanha apoia Mercosul e Unasul na gestão da crise política no Paraguai e ressalta sua "preocupação" com a "fraqueza" das garantias processuais no impeachment do presidente Fernando Lugo.

Essa afirmação foi feita nesta segunda-feira em Luxemburgo pelo ministro de Relações Exteriores espanhol, José Manuel García-Margallo, que lembrou que o governo de seu país emitiu um comunicado "de forma imediata nas primeiras horas" após o julgamento político no qual Lugo foi considerado culpado de mau desempenho em suas funções e afastado do cargo.

"Destacamos aí nossa preocupação com a, entre aspas, fraqueza das garantias processuais", declarou García-Margallo em entrevista coletiva em Luxemburgo, onde participou do encontro do Conselho da União Europeia.

"É verdade que essas garantias processuais em um julgamento político (...) não estão reconhecidas, mas não é menos certo que nos preocupa que a defesa tivesse pouquíssimas horas para preparar seus argumentos", acrescentou.

Segundo García-Margallo, neste caso, "como é norma e tradição na comunidade à qual pertencemos, a Comunidade Ibérica de Nações, apoiamos as organizações regionais, Mercosul e Unasul, às quais corresponde um maior protagonismo neste tema".

Brasil, Argentina e Uruguai, parceiros do Paraguai no Mercado Comum do Sul (Mercosul), decidiram "suspender" o país vizinho "de forma imediata" da cúpula de presidentes do bloco, que será realizada na próxima sexta-feira em Mendoza (Argentina).

O novo governo paraguaio acusou os três países de se "excederem" com essa decisão e de evitar os procedimentos do bloco. 

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