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Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2010 às 06h54.
Madri - O Governo da Espanha deve aprovar nesta quinta-feira o decreto-lei que incluirá os cortes sociais com os quais quer acelerar a redução do déficit público. A norma determinará a baixa salarial dos empregados públicos para este ano e o congelamento das pensões em 2011.
Também vai marcar o fim do "cheque-bebê" (pagamento de US$ 3.100 por nascimento ou adoção de um filho) e o corte em mais de 6 bilhões de euros (quase US$ 7,5 bilhões) em investimentos públicos.
A aprovação acontece oito dias depois que o presidente do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, anunciou os cortes, que provocaram a rejeição de boa parte da oposição e dos sindicatos, que já têm previstas mobilizações e uma greve no setor público para o dia 8 de junho.
O ajuste obriga o Governo da Espanha a revisar para baixo a previsão de crescimento de 2011 - até agora em 1,8% - e constará no quadro macroeconômico que acompanhará o teto da despesa orçamentária do próximo ano, que também será aprovado nesta quinta.
Este limite de despesa representará uma forte redução com relação ao valor previsto para este ano, dentro da política de austeridade que determinada pelo Executivo socialista para cumprir seu compromisso de consolidação fiscal.
O aumento da dívida pública, o temor a um contágio da crise grega em outros países e a instabilidade que tudo isso provocou nos mercados financeiros levaram a Espanha a tomar estas medidas drásticas.
Há dez dias, em Bruxelas, o Governo de Zapatero se comprometeu a reduzir em 15 bilhões de euros (cerca de US$ 18 bilhões) o déficit previsto para 2010 e 2011.
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