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Espanha colaborará com Mercosul e Unasul frente a crise

Processo no Paraguai deveria ter sido realizado dando mais oportunidade para o presidente em fim de mandato apresentar seu caso, acredita Jesús Gracia

Bandeira da Espanha: "O Governo espanhol respeitará os compromissos internacionais do país com seus vizinhos" (Denis Doyle/Getty Images)

Bandeira da Espanha: "O Governo espanhol respeitará os compromissos internacionais do país com seus vizinhos" (Denis Doyle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2012 às 20h29.

Santander - O Governo espanhol vai colaborar com Mercosul e com a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) em busca de uma solução para o conflito gerado após a cassação do presidente do Paraguai, Fernando Lugo.

''O que aconteceu foi uma mudança de presidente de acordo com a Constituição paraguaia que, no entanto, teve algumas deficiências no que a América Latina chama de o devido processo, a forma como foi realizado'', disse nesta quarta-feira o secretário de Estado para região ibero-americana, Jesús Gracia.

No entanto o espanhol ressaltou que o processo deveria ter sido realizado dando mais oportunidade para o presidente em fim de mandato apresentar seu caso.

Após lembrar que o Paraguai faz parte do Mercosul e da Unasul e tem suas próprias regras, o secretário de Estado ressaltou que o Governo espanhol respeitará os compromissos internacionais do país com seus vizinhos ''.

Gracia discursou nesta quarta-feira no marco do XI Encontro Santander-América Latina, organizado pelo Banco Santander e pela Universidade Internacional Menéndez Pelayo (UIMP), onde propôs esperar o resultado da reunião da cúpula do Mercosul em Mendoza (Argentina), na próxima quinta, e da Unasul, na sexta.

''Vamos tentar encontrar alguma fórmula de aproximação, porque achamos que é preciso superar estas situações de uma maneira democrática, mas também com a incorporação de todos os países. Vamos colaborar com o Mercosul e a Unasul em uma solução'', concluiu.

Diversos países ibero-americanos, como a Argentina, Equador, Bolívia, Venezuela, Cuba e Peru, rejeitaram a cassação de Fernando Lugo por considerá-la um golpe institucional.

Lugo foi destituído na última sexta-feira pelo Senado após ser acusado de exercer o poder de forma inadequada. 

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