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Espanha anuncia fim das libertações em Cuba; 115 deixaram prisão

Apenas 12 dos dissidentes presos continuam na ilha, pois rejeitaram o exílio espanhol

Cuba: ação para libertar presos foi feita em conjunto entre Espanha e Igreja Católica (Arquivo/AFP)

Cuba: ação para libertar presos foi feita em conjunto entre Espanha e Igreja Católica (Arquivo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2011 às 08h17.

Madri - O Governo espanhol anunciou nesta sexta-feira a conclusão do processo de libertação de presos políticos e de consciência em Cuba depois de 115 opositores do regime terem sido liberados.

Destes, 103 viajaram à Espanha junto com 647 familiares.

O Ministério de Relações Exteriores da Espanha informou em comunicado sobre o fim das libertações estipuladas entre o Governo de Raúl Castro e a Igreja Católica cubana depois da chegada a Madri nesta sexta-feira de outros 37 libertados acompanhados de mais de 200 familiares.

Dos 115 dissidentes que deixaram a prisão nos últimos nove meses, apenas 12, do chamado "Grupo dos 75", continuam em Cuba por rejeitarem o exílio na Espanha.

Os 102 que aceitaram ir para a Espanha fizeram-no com 647 familiares, com o compromisso do Governo de facilitar-lhes ajuda econômica, alojamento, assistência para encontrar trabalho e homologação de títulos universitários.

Em sua nota, o Ministério de Exteriores informa que, além dos 52 integrantes do "Grupo dos 75", foram libertados outros presos de consciência que estavam nas listas da Anistia Internacional, as Damas de Branco e outras organizações de direitos humanos.


O departamento comandado pela ministra Trinidad Jiménez não fala em seu comunicado de presos políticos, termo que o regime castrista sempre rejeitou, e se refere a todos eles como presos de consciência.

A conclusão do processo de libertações acontece uma semana antes de começar em Havana o VI Congresso do Partido Comunista de Cuba, o primeiro que se realiza desde 1997 e no qual se espera que se complete a transferência de poderes de Fidel Castro para seu irmão Raúl.

Os 37 libertados e seus familiares que chegaram nesta sexta-feira a Madri vão ser distribuídos em centros de amparo de diversas províncias espanholas com o apoio das ONGs que participam da operação de acolhida, entre elas, Cruz Vermelha e a Comissão Espanhola de Ajuda ao Refugiado.

Só o opositor Orlando Fundora, com sua família, vai permanecer na capital espanhola devido a seu delicado estado de saúde, informaram à Agência Efe fontes da dissidência cubana.

Para os últimos cubanos que chegaram à Espanha, o Ministério de Exteriores lhes facilitou assessoria para que apresentem a solicitação de proteção internacional, uma figura recolhida na Lei de Asilo.

Até agora, Exteriores concedeu 41 estatutos de asilados políticos e 231 proteções subsidiárias aos presos e familiares exilados desde o mês de julho do ano passado.

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