A decisão do governo esloveno vem apenas dois dias depois que Espanha, Noruega e Irlanda reconheceram um estado palestino (Jaafar Ashtiyeh/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 30 de maio de 2024 às 15h21.
O governo da Eslovênia endossou nesta quinta-feira, 30, uma proposta para reconhecer o Estado da Palestina e solicitou ao parlamento que faça o mesmo. O primeiro-ministro esloveno, Robert Golob, afirmou que seu governo enviou a proposta de reconhecimento à Assembleia Nacional, que poderia se reunir já na próxima semana.
"Todo o mundo deveria agir na direção da paz" disse Golob, após a sessão do governo. "O caminho para alcançar a paz é uma solução de dois Estados. A decisão não é dirigida contra ninguém, nem mesmo Israel, mas é uma mensagem de paz", acrescentou, enquanto a bandeira palestina era exibida na sede do governo em Liubliana.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, disse esperar que o parlamento esloveno rejeite a decisão do governo. "A decisão do governo esloveno de recomendar que o parlamento esloveno reconheça um Estado palestino recompensa o Hamas por assassinato, estupro, mutilação de corpos, decapitação de bebês e fortalece o eixo do mal iraniano, prejudicando a estreita amizade entre o povo esloveno e israelense", afirmou.
A aprovação parlamentar é necessária para que a medida entre em vigor. A coalizão liberal liderada por Golob tem uma maioria confortável na assembleia de 90 membros e a votação deve ser uma formalidade. A decisão do governo esloveno vem apenas dois dias depois que Espanha, Noruega e Irlanda reconheceram um estado palestino, uma medida que foi condenada por Israel.
Com a medida, a Eslovênia está prestes a se tornar o décimo membro dos 27 da União Europeia a reconhecer oficialmente um estado palestino. A Noruega não é membro da UE, mas sua política externa geralmente está alinhada com o bloco. Mais de 140 países reconhecem o Estado palestino, mais de dois terços das Nações Unidas.