Mundo

Escritora que denunciou Strauss-Kahn desiste de novo processo

Tristane Banon acusa o ex-diretor do FMI de tentativa de estupro em 2003; a Promotoria reconheceu que houve uma agressão sexual, mas que esta prescreve em de três anos

O ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn e a escritora francesa Tristane Banon: "sigo convencida e continuo afirmando que foi uma tentativa de estupro (...) já não se pode dizer que sou uma fantasiosa" (Joel Saget/AFP)

O ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn e a escritora francesa Tristane Banon: "sigo convencida e continuo afirmando que foi uma tentativa de estupro (...) já não se pode dizer que sou uma fantasiosa" (Joel Saget/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2011 às 08h49.

Paris- A escritora francesa Tristane Banon, cuja denúncia contra Dominique Strauss-Kahn por tentativa de estupro foi arquivada, apesar da promotoria ter reconhecido um delito de agressão sexual, anunciou nesta quarta-feira que renuncia a uma nova ação contra o ex-diretor do FMI.

"Na carta que me enviou, a promotoria afirma que houve agressão sexual. Portanto meu status de vítima foi reconhecido minimamente, mas sigo convencida e continuo afirmando que foi uma tentativa de estupro (...) já não se pode dizer que sou uma fantasiosa", declarou Banon, de 32 anos, ao Canal+.

Ao arquivar a denúncia apresentada por Banon no início de julho, em meio ao escândalo de Nova York, contra Strauss-Kahn com uma acusação de tentativa de estupro em 2003, a promotoria de Paris reconheceu que houve uma agressão sexual, mas que esta prescreve ao fim de três anos.

Os advogados do ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) protestaram contra a interpretação da promotoria.

O crime de tentativa de estupro prescreve após oito anos.

Dominique Strauss-Kahn declarou várias vezes que a versão de Banon era "imaginária" e "caluniosa".

Strauss-Kahn foi absolvido em agosto de uma acusação de tentativa de estupro em maio em Nova York apresentada por uma funcionária de um hotel da cidade.

Acompanhe tudo sobre:Assédio sexualEconomistasFMIJustiçaProcessos judiciaisStrauss-Kahn

Mais de Mundo

México pede que EUA reconheçam que têm 'um problema grave de consumo de drogas'

Rússia considera 'inaceitável' plano europeu para força de paz na Ucrânia

Trump publica carta endereçada a Bolsonaro e volta a criticar processo no STF

Casa Branca responde Lula e diz que Trump não quer ser o 'imperador do mundo'