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Escritor jordaniano é assassinado por charge contra o Islã

Nahed Hattar, de 56 anos, de religião cristã, postou em sua página no Facebook uma charge na qual debochava dos extremistas do grupo sunita Estado Islâmico


	Hattar: ele argumentava que sua charge criticava "os terroristas e a forma que se imaginam no paraíso", e não Deus
 (REUTERS/Muhammad Hamed)

Hattar: ele argumentava que sua charge criticava "os terroristas e a forma que se imaginam no paraíso", e não Deus (REUTERS/Muhammad Hamed)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2016 às 11h13.

São Paulo - O cohecido escritor e chargista jordaniano Nahed Hattar foi assassinado neste domingo, em Amã, quando saía de um tribunal onde era julgado pela difusão de uma caricatura considerada ofensiva ao Islã, informou a agência oficial Petra.

O assassino, que matou Hattar com três tiros, foi detido, mas não teve a identidade revelada.

O fato aconteceu diante do tribunal de Abdali, centro de Amã, segundo testemunhas.

Nahed Hattar, de 56 anos, de religião cristã, foi detido em 13 de agosto depois de postar em sua página no Facebook uma charge na qual debochava dos extremistas do grupo sunita Estado Islâmico (EI).

Hattar havia sido acusado pelas autoridades de "incitação à disensão confessional e insulto ao Islã".

Em setembro passado, Hattar foi colocado em liberdade sob fiança, à espera do julgamento que aconteceria este domingo.

O Islã proíbe qualquer tipo de representação de Deus.

Depois de ter causado grande comoção nas redes sociais, o escritor tirou a charge - que não é de sua autoria - de sua página.

Hattar explicou que a charge criticava "os terroristas e a forma que se imaginam no paraíso, e que de forma alguma ofende Deus".

A Jordânia é membro ativo da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos e combate o grupo EI no Iraque e na Síria.

O reino, que há anos teme um contágio da ameaça extremista em seu território, foi cenário nos últimos tempos de dois atentados, um contra seus serviços secretos (5 mortos) e outro, reivindicado pelo EI, contra guardas da fronteira (7 mortos).

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