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Escócia será pioneira em ensino de direitos LGBT nas escolas

Todas as escolas públicas receberão os recursos necessários para implementar essas doutrinas, que serão agrupadas temas de acordo com os grupos etários

Ensino LGBT: As temáticas incluirão a terminologia, as identidades e a história dos movimentos LGBT (Navid Baraty/Getty Images)

Ensino LGBT: As temáticas incluirão a terminologia, as identidades e a história dos movimentos LGBT (Navid Baraty/Getty Images)

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EFE

Publicado em 12 de novembro de 2018 às 14h27.

Edimburgo - A Escócia será pioneira no ensino dos direitos LGBT nas escolas, um fato que os impulsionadores da medida qualificaram de "momento histórico".

A campanha "Time for Inclusive Education" ("É Hora de uma Educação Inclusiva", em tradução livre) conseguiu que os conhecimentos que fomentam a igualdade sejam incluídos no currículo escolar de forma imediata, segundo adiantou o governo regional presidido pela líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP, na sigla em inglês), Nicola Sturgeon.

O vice-primeiro-ministro e responsável de Educação, John Swinney, declarou diante do parlamento que todas as escolas públicas receberão os recursos necessários para implementar essas doutrinas, que serão agrupadas em vários temas, entre os diferentes grupos etários.

As temáticas incluirão a terminologia, as identidades e a história dos movimentos LGBT, abordarão a homofobia, a bifobia, a transfobia e os preconceitos em relação às pessoas que se declaram LGBT promovendo a educação em igualdade.

Jordan Daly, cofundador da campanha, qualificou a decisão governamental como uma "vitória monumental" para seu movimento, que conseguiu que o governo regional aceitasse todas suas recomendações e estimou que é um "momento histórico" em termos sociais.

"A implementação da educação inclusiva LGBT em todas as escolas públicas é uma novidade no mundo. Em um momento de incerteza global, isto envia uma mensagem forte e clara aos jovens LGBT aqui na Escócia", afirmou Daly.

Preconceito

Um estudo elaborado pela "Time for Inclusive Education" revelou que nove em cada dez pessoas do coletivo LGBT na Escócia foram vítimas de preconceito nas escolas e 27% declararam ter tentado o suicídio após sofrer algum tipo de intimidação.

Para Swinney, a Escócia já é um dos territórios "mais progressistas de Europa em termos de igualdade LGBT" e agora será o primeiro a "ter uma educação inclusiva LGBT, integrada no currículo".

"Nosso sistema educacional deve apoiar todos os estudantes para que alcancem seu máximo potencial. Por isso, é vital que o currículo seja tão diversificado como os jovens que aprendem em nossas escolas", afirmou o vice-primeiro-ministro e responsável de Educação escocês.

A Escócia, historicamente, é uma das regiões europeias mais avançadas em relação à proteção legal das pessoas LGBT, apesar de ter descriminalizado o comportamento homossexual apenas em 1980, 13 anos depois de Inglaterra e Gales. EFE

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