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Escócia deve convocar nova consulta sobre independência

De acordo com as novas propostas do governo escocês, um segundo referendo teria a mesma pergunta feita em 2014

Referendo: apesar do apoio ao Brexit em nível nacional, os escoceses votaram por continuar no bloco europeu (Andy Buchanan/AFP)

Referendo: apesar do apoio ao Brexit em nível nacional, os escoceses votaram por continuar no bloco europeu (Andy Buchanan/AFP)

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EFE

Publicado em 20 de outubro de 2016 às 09h12.

Londres - O governo autônomo escocês divulgou nesta quinta-feira a minuta de um projeto de lei, que será submetido a consulta popular, para convocar outro referendo sobre a independência da Escócia, depois que o primeiro (2014) rejeitou a cisão.

Ao revelar o documento, a ministra principal da Escócia, Nicola Sturgeon, disse que os escoceses devem ter a possibilidade de reconsiderar seu futuro por causa da vitória do "Brexit" - a saída britânica da UE - no referendo de 23 de junho.

Apesar do apoio ao "Brexit" em nível nacional, os escoceses votaram por continuar no bloco europeu.

De acordo com as novas propostas do governo escocês, um segundo referendo teria a mesma pergunta feita em 2014: "Deveria a Escócia ser um país independente?".

Além disso, nesta segunda consulta, se prosperar a legislação que autoriza sua convocação, os maiores de 16 anos residentes na Escócia terão direito ao voto, igual em 2014.

Sturgeon disse hoje que a saída da UE traz "sérias preocupações" para a Escócia já que a região enfrenta riscos "inaceitáveis" a seus "interesses democráticos, econômicos e sociais" e ao direito do parlamento escocês a decidir.

"Proteger os interesses da Escócia é o trabalho mais importante deste governo. Temos que ter todas as opções disponíveis para fazer isto e é por essa razão que estamos publicando agora a minuta do projeto de lei para sua consulta", acrescentou.

A política nacionalista considera que o governo britânico de Theresa May tem o dever político de defender a vontade expressada pelos escoceses no referendo europeu de junho, no qual 62% dos escoceses votaram a favor de continuar dentro da UE.

A líder "tory" já informou que ativará o Artigo 50 do Tratado de Lisboa -que iniciará de maneira formal o processo negociador de dois anos para sair do bloco comum- antes do fim de março de 2017, por isso que o Reino Unido estaria fora da UE no mais tardar na primavera de 2019. EFE

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