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Escócia precisará deixar UE sendo ou não independente, diz May

No histórico referendo de junho do ano passado, os cidadãos escoceses votaram a favor da permanência na UE e agora temem a saída do bloco

Theresa May: nacionalistas escoceses anunciaram que iniciarão um novo referendo de separação (Neil Hall/Reuters)

Theresa May: nacionalistas escoceses anunciaram que iniciarão um novo referendo de separação (Neil Hall/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de março de 2017 às 13h47.

Londres - A Escócia sairá da União Europeia (UE) sendo independente ou não do Reino Unido, segundo alertou nesta quarta-feira a primeira-ministra britânica, Theresa May, após os nacionalistas escoceses anunciarem que iniciarão um novo referendo de separação.

A ministra principal escocesa, Nicola Sturgeon, revelou no início da semana que impulsionará um segundo plebiscito de independência do Reino Unido em 2018 ou 2019 perante a impossibilidade de chegar a um acordo com May sobre os termos do "Brexit".

No histórico referendo europeu do dia 23 de junho do ano passado, no qual triunfou a saída britânica do bloco econômico, os cidadãos escoceses votaram a favor da permanência na UE e agora temem que a saída do bloco, e sobretudo do mercado único, prejudicará o país.

Durante o turno de perguntas à primeira-ministra na Câmara dos Comuns, a conservadora May afirmou nesta quarta-feira que a "Escócia abandonará a UE, sendo parte do Reino Unido ou independente".

Segundo explicou a líder tory, o assunto "está muito claro", ao lembrar que se parte de um Estado-membro se torna independente, a fim de aderir novamente à UE, esse novo Estado deverá solicitar do zero sua inclusão no bloco, em vez de conseguir a filiação de forma automática.

"O que necessitamos agora é nos unir, estarmos juntos como país e garantir que podemos obter o melhor acordo para todo o Reino Unido", indicou a premier britânica.

A líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP) deve solicitar na próxima semana autorização ao parlamento de Edimburgo para obter do governo de Londres uma ordem que permita ao legislativo escocês regular a convocação da consulta popular.

May planeja invocar o artigo 50 do Tratado de Lisboa - o que iniciará os dois anos de negociação com Bruxelas para a saída da União Europeia - "nos próximos dias", após concluir a tramitação da chamada lei do "Brexit".

As últimas pesquisas de opinião indicam que o apego à UE perdeu força na Escócia enquanto os resultados das pesquisas sobre o sentimento independentista na região mostraram resultados contraditórios.

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