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Escândalo de vazamento de dados provoca crise no governo sueco

O escândalo envolve vazamento de dados confidenciais de uma agência governamental e provocou a saída de dois ministros do governo

Suécia: autoridades suecas garantiram que, por enquanto, não há indícios de que as informações tenham passado para as mãos de terceiros (TT News Agency/Erik Simander/Reuters)

Suécia: autoridades suecas garantiram que, por enquanto, não há indícios de que as informações tenham passado para as mãos de terceiros (TT News Agency/Erik Simander/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de julho de 2017 às 11h18.

Berlim .- O primeiro-ministro da Suécia, o social-democrata Stefan Löfven, anunciou nesta quinta-feira que os ministros de Interior, Anders Ygeman, e Infraestruturas, Anna Johhansson, deixarão o Executivo após o escândalo provocado no país por um vazamento de dados confidenciais de uma agência governamental.

Löfven convocou os meios de comunicação para anunciar a remodelação do gabinete depois que a opositora Aliança de Centro-Direita confirmou a apresentação de uma moção de censura contra esses dois ministros e o titular de Defesa, Peter Hultqvist, informou a agência "TT".

Na segunda-feira passada, o premiê sueco já tinha reconhecido a "gravidade" do caso em que se tinha visto envolvida a Agência Sueca de Transportes ao terceirizar sua gestão informática em 2015.

Segundo a imprensa sueca, o trabalho foi assumido pela IBM e, através dessa empresa, funcionários da República Tcheca sem as necessárias autorizações tiveram acesso à base de dados da agência, que conta com informação sobre todos os veículos na Suécia.

Essa base de dados inclui informação de veículos policiais e militares, bem como identidades protegidas, registros policiais e rotas de, por exemplo, blindados que transportam grandes quantias de dinheiro.

Löfven negou hoje que levará o país a uma "crise política", defendeu as mudanças em seu gabinete e mostrou seu respaldo ao titular de Defesa frente às críticas da oposição, que também exige sua demissão.

No novo governo, a pasta de Infraestruturas passará às mãos de Tomas Eneroth, enquanto a de Interior será assumida pelo ministro de Justiça, Morgan Johansson.

Os assuntos de Imigração, no entanto, sairão de Justiça e passarão a ser gerenciados por um novo ministério que será assumido por Heléne Fritzon.

O primeiro-ministro sueco anunciou também que o ministro de Saúde, Gabriel Wikström, deixará o cargo por motivos pessoais e que suas competências passarão a ser assumidas pela ministra de Previdência Social, Annika Strandhäll.

Löfven promoveu as mudanças no Executivo depois que os quatro partidos que formam a Aliança de Centro-Direita anunciaram ontem que apresentariam uma moção de censura contra os ministros por considerar que tinham cometido crime de responsabilidade ao permitir o vazamento de informação confidencial.

A agência afetada e as autoridades suecas garantiram que, por enquanto, não há indícios que apontem que a informação tenha passado para as mãos de terceiros ou tenha sido utilizada de maneira inadequada.

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