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Escândalo ameaça nome republicano para Casa Branca

O governador de New Jersey, Chris Christie, disse que demitiu assessora que estaria vinculada ao fechamento da ponte George Washington em setembro de 2013


	Governador de Nova Jersey, Chris Christie: Christie é considerado como uma das promessas republicanas mais sólidas para recuperar a Casa Branca em 2016
 (Carlo Allegri/Reuters)

Governador de Nova Jersey, Chris Christie: Christie é considerado como uma das promessas republicanas mais sólidas para recuperar a Casa Branca em 2016 (Carlo Allegri/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 16h23.

Nova Jersey - O governador de New Jersey, Chris Christie, afirmou nesta quinta-feira que ficou "constrangido e humilhado pela conduta de alguns membros de sua equipe" após a divulgação de e-mails e mensagens de texto que vinculam uma importante assessora de seu gabinete ao fechamento da ponte George Washington em setembro de 2013, causando um grande congestionamento. Christie disse que demitiu a assessora e pediu desculpas pelo episódio.

A ponte, que liga o estado de Nova York a Nova Jersey, teria sido fechada por vingança ao prefeito democrata da cidade de Fort Lee, por não ter endossado o nome de Christie para a reeleição passada. A cidade foi a que mais sofreu as consequências do trânsito na época.

O escândalo está sendo considerado o maior teste para a carreira política de Christie, considerado como uma das promessas republicanas mais sólidas para recuperar a Casa Branca em 2016.

Conhecido como um homem franco e objetivo e que trabalhou para criar uma imagem pragmática e bipartidária de sua administração que contrastasse com o Congresso dividido, Christie primeiramente se recusou a acreditar na denúncia e negou que ele ou seu gabinete tivesse envolvimento com o fechamento da ponte.

Após os e-mails e mensagens de texto terem sido divulgadas na quarta-feira, o governador de Nova Jersey cancelou compromissos públicos e horas depois emitiu um comunicado dizendo que ficou "ofendido e profundamente abatido" pelas revelações. Christie disse que foi enganado por uma importante funcionária de seu gabinete e negou qualquer envolvimento no assunto.

"Fiquei atordoado com a estupidez horrorosa" mostrada pelo incidente, afirmou Christie e assumiu a responsabilidade pelo que aconteceu. "Peço desculpas ao povo de Nova Jersey", desculpou-se e acrescentou "eu não tinha conhecimento ou envolvimento no planejamento ou execução desta ordem".


As revelações elevaram novos questionamentos sobre o comando em seu segundo mandato planejado para ser a largada em direção à Casa Branca. Os democratas rapidamente fizeram circular as notícias sobre o escândalo, classificando o fato como nova evidência de que o potencial candidato republicano à presidência dos EUA em 2016 é um perigo.

Alguns republicanos conservadores que já foram alvo de comentários ácidos de Christie no passado se juntaram aos democratas.

Em agosto do ano passado, a chefe adjunta de gabinete, Bridget Anne Kelly, enviou um e-mail para David Wildstein, funcionário do Port Authority de Nova York e Nova Jersey nomeado por Christie e responsável pelo pesado tráfego na ponte George Washington, dizendo "hora para alguns problemas de trânsito em Fort Lee".

"Entendido", respondeu Wildstein. Cerca de um mês depois, ele ordenou o fechamento de duas das três faixas de tráfego que ligam Fort Lee à ponte George Washington, entre Nova Jersey e Nova York, um dos vãos mais movimentados do mundo. As mensagens não implicam Christie diretamente no fechamento da ponte.

Wildstein renunciou ao cargo em dezembro do ano passado quando o caso começou a ganhar atenção.

Promotores federais dos EUA disseram nesta quinta-feira que abriram uma investigação sobre se o fechamento de vãos da ponte George Washington em setembro do ano passado violaram as leis federais. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

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