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Erupção de vulcão lança magma a 120 metros de altura na Islândia; veja vídeo

O vulcão prossegue em atividade. Ele entrou em erupção após semanas de alerta por uma atividade sísmica intensa na região

 (Parque Nacional dos Vulcões do Havaí/Facebook/Divulgação/Divulgação)

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Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 20 de dezembro de 2023 às 08h20.

Os jatos de magma de um vulcão localizado ao sul de Reykjavik, capital da Islândia, que entrou em erupção na noite de segunda-feira, 18, chegaram a alcançar até 120 metros de altura nesta terça, 19, segundo meios de comunicação locais.

O vulcão prossegue em atividade. Ele entrou em erupção após semanas de alerta por uma atividade sísmica intensa na região. De acordo com autoridades locais, a atividade do vulcão diminuiu mas não estava claro quanto tempo a erupção poderia durar.

O fenômeno começou por volta das 22 horas (hora local, 19 horas em Brasília), após uma série de pequenos tremores. A erupção ocorreu a quatro quilômetros da cidade de Grindavik, informou o Gabinete Meteorológico da Islândia. A cidade perto do principal aeroporto da Islândia foi totalmente esvaziada em novembro, depois que uma forte atividade sísmica danificou casas.

Ao entrar em erupção, o vulcão gerou imagens impressionantes, provocando um flash de luz no céu noturno e expelindo rocha semifundida para o ar. Às 3 horas de ontem (hora local), a agência de meteorologia da Islândia informou que a intensidade da erupção havia estabilizado. Os jatos de magma, que durante a noite alcançaram até 120 metros de altura, ontem atingiam no máximo 30 metros, disse a agência.

Os geólogos alertaram, porém, que novas fendas poderiam se abrir sem aviso prévio, pelas quais o magma acumulado poderia sair. O diretor do Departamento de Proteção Civil, Vidir Reynisson, pediu à população que permanecesse afastada da área. “Isso não é uma erupção turística”, disse.

Segundo o vulcanologista Ármann Höskuldsson, se tudo ocorrer conforme as previsões, a erupção poderia durar entre uma semana e dez dias.

O ministro da Infraestrutura da Islândia, assim como vários especialistas do país, consideram que até agora houve “sorte” com o local específico onde ocorreu a erupção.

O geofísico Björn Oddson, após sobrevoar o local, explicou que a fissura, que em seu pico tinha cerca de quatro quilômetros de comprimento, está alinhada com a antiga cratera do vulcão Fagradalsfjall e está no “melhor lugar” possível para uma erupção. O vulcanologista Armann Höskuldsson explicou que, graças a essa localização, a lava não está fluindo em direção a nenhuma infraestrutura.

Os especialistas consideram que a erupção não deve acarretar riscos para a população, embora tenham alertado para uma possível queda na qualidade do ar em um raio de vários quilômetros devido às emissões de dióxido de enxofre.

A sismóloga do Instituto Geográfico Nacional do Centro Geofísico das Canárias, Itahiza Domínguez, observou que as grandes correntes de lava serão “controladas” pela própria topografia da área. A erupção não deve gerar grandes quantidades de cinzas, como fez o Eyjafjallajökull, em 2010. Naquele fenômeno, a erupção ocorreu sob uma geleira e a água ajudou a aumentar a intensidade da erupção.

 

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