EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.
São Paulo - A decisão de Erenice Guerra de deixar a Casa Civil foi comunicada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo meio-dia desta quinta-feira.
De manhã, Erenice conversou em sua residência com o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, que estava acompanhado do chefe de gabinete Gilberto Carvalho.
Na conversa, ela disse que estava "no limite", segundo informou uma fonte do Planalto. Bombardeada por denúncias de tráfico de influência por parte de seu filho, Israel, Erenice não aguentou uma semana no cargo.
As primeiras denúncias vieram pela revista Veja no fim de semana e foram turbinadas nesta quinta pelo jornal Folha de S.Paulo.
Para o Planalto, nada desabona a conduta de Erenice, até aqui, uma vez que as acusações se dirigem à conduta de seu filho. A chefe da Casa Civil, no entanto, não suportou a pressão.
"Senhor presidente, por ter formação cristã, não desejo nem para o pior de meus inimigos que venha a passar por uma campanha de desqualificação como a que se desencadeou contra mim e minha família", afirmou Erenice na carta de demissão entregue ao presidente.
Pouco antes de receber Erenice em seu gabinete no Palácio do Planalto, Lula concedeu uma entrevista pré-agendada para o portal de notícias iG. Apenas às 16h39 o site divulgou um curto vídeo com declarações de Lula.
Na imagem, Lula diz que integrantes do governo não podem errar.
"Quando a gente está na máquina pública, a gente não tem o direito de errar. Se errar, a gente tem que pagar", disse Lula na entrevista. "Só existe uma hipótese nesse meu governo de ninguém ser investigado: é não cometer nenhum erro", afirmou.
Na entrevista, Lula afirmou ainda que "Erenice é uma companheira que tem serviços prestados ao meu governo e ao país inestimáveis".
Leia mais sobre Escândalos
Siga as últimas notícias de Eleições 2010 no Twitter