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Erdogan rejeita alegações do Síria e a vincula ao atentado

O premiê negou qualquer relação com o atentado que deixou 46 mortos na Síria e voltou a vincular o incidente ao regime sírio


	Tayyip Erdogan, premiê da Turquia: "esse regime está baseado em mentiras", declarou
 (Osman Orsal/Reuters)

Tayyip Erdogan, premiê da Turquia: "esse regime está baseado em mentiras", declarou (Osman Orsal/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2013 às 13h59.

Ancara - O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, rejeitou nesta segunda-feira a versão de Damasco, que negou qualquer relação com o atentado que deixou 46 mortos no sábado na cidade fronteiriça turca de Reyhanli, e voltou a vincular o incidente ao regime sírio.

"Esse regime está baseado em mentiras", declarou Erdogan aos jornalistas em Ancara ao rejeitar as palavras do ministro da Informação sírio, Omran al-Zoubi, que havia negado a participação de Damasco no ataque.

"O ataque está vinculado ao regime sírio. Eles têm vínculos com a Síria", ressaltou Erdogan, na saída de uma reunião de seu partido.

As forças de segurança turcas detiveram no domingo nove cidadãos turcos que, segundo Ancara, confessaram o envolvimento no ataque e que relacionam aos serviços secretos sírios.

Entre os detidos está o suposto cérebro do atentado contra a cidade de cerca de 60 mil habitantes situada no sul da província mediterrânea turca de Hatay.

O ministro das Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, declarou durante uma visita oficial a Berlim ontem que, por trás do atentado, há uma "velha organização de orientação marxista" que tem vínculos com o governo de Assad.

Davutoglu solicitou que o Conselho de Segurança tomasse uma atitude mais incisiva na Síria, enquanto Erdogan defendeu manter a "cabeça fria" para não cair no "sangrento lodaçal" da Síria, imersa em uma guerra civil que já aniquilou cerca de 70 mil vidas, segundo a ONU.

A Turquia, um dos países mais críticos a Damasco, já acolhe mais de 300 mil refugiados sírios, a maioria deles abrigada em acampamentos ao longo de seus 900 quilômetros de fronteira com a Síria.

O atentado aconteceu poucos dias antes da reunião que o presidente americano, Barack Obama, e Erdogan terão na próxima quinta-feira na Casa Branca para tratar a situação da Síria. 

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