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Erdogan pede ação global contra clérigo exilado nos EUA

Autoridades turcas acusam Fethulla Gulen de orquestrar a tentativa fracassa de golpe na Turquia em julho


	Erdogan: o presidente turco disse que os Estados Unidos "não devem acolher um terrorista" como Gulen
 (Eduardo Munoz / Reuters)

Erdogan: o presidente turco disse que os Estados Unidos "não devem acolher um terrorista" como Gulen (Eduardo Munoz / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2016 às 18h54.

Nações Unidas - O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, pediu nesta terça-feira nas Nações Unidas para líderes mundiais tomarem medidas contra uma "rede terrorista" de um clérigo sediado nos Estados Unidos, que ele disse ameaçar a segurança.

"Peço, desta tribuna, a todos nossos amigos, para rapidamente tomarem as medidas necessárias contra a organização terrorista Gulenista pela segurança e futuro de suas nações", disse Erdogan.

"É evidente, pela nossa experiência, que se vocês não lutarem contra a rede de Gulen neste momento, pode ser muito tarde no futuro."

Autoridades turcas acusam Fethulla Gulen de orquestrar a tentativa fracassa de golpe na Turquia em julho. Gulen, que vive em exílio autoimposto nos Estados Unidos desde 1999, negou envolvimento na tentativa de golpe.

Acusando Gulen de ter criado durante décadas uma rede de seguidores dentro das forças armadas e serviços civis para controlar a Turquia, autoridades pediram para os Estados Unidos extraditarem ou deterem o clérigo. Gulen nega estas acusações.

Em entrevista à Reuters na segunda-feira, Erdogan disse que os Estados Unidos "não devem acolher um terrorista" como Gulen e disse que suas atividades ao redor do mundo deveriam ser banidas.

Pedindo por solução política imediata para resolver a crise na Síria, Erdogan disse: "O ataque da Turquia no norte da Síria no início de setembro levou ao estabelecimento da paz, equilíbrio e estabilidade em uma região tomada por desespero".

O presidente turco também acusou a União Europeia de não manter promessas sobre esforços de décadas da Turquia para entrar no bloco.

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