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Erdogan mantém viagem a Gaza apesar de apelo dos EUA

Primeiro-ministro turco afirmou que manterá viagem, embora o secretário americano tenha pedido para que ela fosse adiada

Primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan cumprimenta o presidente palestino Mahmoud Abbas em um encontro em Ancara  (Kayhan Ozer/Prime Ministers Press Office/Reuters)

Primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan cumprimenta o presidente palestino Mahmoud Abbas em um encontro em Ancara (Kayhan Ozer/Prime Ministers Press Office/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2013 às 10h16.

Ancara - O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, um islâmico moderado, afirmou nesta terça-feira que mantém sua visita a Gaza no fim de maio, embora o secretário americano de Estado, John Kerry, tenha pedido para que ela fosse adiada.

"Está fora de discussão adiar esta visita", disse Erdogan a jornalistas em Ancara, citado pelas redes de televisão NTV e CNN-Turk.

O chefe do governo turco informou que a data da visita, programada para o fim de maio, será fixada após sua viagem a Washington, onde no dia 16 de maio se reunirá com o presidente americano, Barack Obama, na Casa Branca.

Seus planos de visitar Gaza incomodaram o presidente palestino, Mahmud Abbas, cujo partido, Fatah, rivaliza com o islamita Hamas, no poder na Faixa de Gaza. Também não foram bem aceitos pelos Estados Unidos, que converteram a reconciliação turco-israelense em uma base para tentar impulsionar o processo de paz no Oriente Médio.

Em visita a Istambul no fim de semana passado, o secretário americano de Estado aconselhou o chefe do governo turco a adiar seu projeto de visitar Gaza à espera de que as circunstâncias sejam mais favoráveis.

Erdogan expressou nesta terça-feira seu descontentamento: "Isto não é correto (...) vou aos Estados Unidos, poderia ter nos dito tudo isso lá".

Na véspera, o porta-voz do governo, Bulent Arinç, havia criticado Kerry.

"É o nosso governo que deve decidir onde e quando viajavam nosso primeiro-ministro ou uma autoridade turca", afirmou Arinç.

"Não precisamos de permissão ou autorização de ninguém", disse, e acrescentou: "O mundo e Kerry devem saber que a Turquia é um país que pode fazer o que quiser quando quiser".

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