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Erdogan denuncia falta de cooperação da UE contra terrorismo

"Nem a Holanda, nem a Bélgica parecem ter entendido o que os jihadistas representam", disse Erdogan


	Erdogan: "Os países ocidentais nos ignoraram. Não responderam as nossas expectativas em matéria de troca de informação de inteligência"
 (Ilmars Znotins/AFP)

Erdogan: "Os países ocidentais nos ignoraram. Não responderam as nossas expectativas em matéria de troca de informação de inteligência" (Ilmars Znotins/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2016 às 11h58.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, declarou nesta quinta-feira à rede de televisão CNN que os países ocidentais não responderam às expectativas turcas em matéria de troca de informação, num momento em que o presidente se encontra em Washington para participar de uma cúpula sobre segurança nuclear.

"Nem a Holanda, nem a Bélgica parecem ter entendido o que os jihadistas representam", disse Erdogan segundo o trecho de uma entrevista que será divulgada nesta quinta-feira.

"Convocamos a adotar uma posição comum contra o terrorismo, e muitos países europeus não deram a este apelo a importância que merece", explicou o dirigente turco.

"Os países ocidentais nos ignoraram. Não responderam as nossas expectativas em matéria de troca de informação de inteligência", acrescentou.

As autoridades belgas foram acusadas de lassitude na luta contra o terrorismo, depois dos atentados de 22 de março em Bruxelas que deixaram 32 mortos e 340 feridos.

O governo turco critica especialmente a Bélgica por ter ignorado as informações que transmitiu sobre o perfil do "combatente terrorista" Ibrahim el Bakraoui, que detonou seus explosivos no aeroporto de Bruxelas e que havia sido preso anteriormente por Ancara perto da fronteira síria.

No dia em que os turcos o expulsaram a Amsterdã, em julho de 2015, as autoridades de Ancara avisaram as embaixadas belga e holandesa no último minuto.

Nenhum serviço de segurança esperou El Bakraoui em sua chegada à Europa e ele desapareceu dos radares.

Segundo o governo holandês, El Bakraoui pode ter entrado no país porque não estava na lista de pessoas suspeitas e não era conhecido pelas autoridades.

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