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Erdogan condena relatório da Anistia sobre tortura

Erdogan insistiu que a Turquia tem uma política de "tolerância zero com a tortura" e acusou a Anistia de ignorar a violência utilizada pelos golpistas


	Erdogan: o presidente insistiu que a Turquia tem uma política de "tolerância zero com a tortura" e acusou a Anistia de ignorar a violência utilizada pelos golpistas
 (REUTERS/Umit Bektas)

Erdogan: o presidente insistiu que a Turquia tem uma política de "tolerância zero com a tortura" e acusou a Anistia de ignorar a violência utilizada pelos golpistas (REUTERS/Umit Bektas)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2016 às 21h02.

Ancara - O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, condenou um relatório da Anistia Internacional divulgado hoje, no qual a organização afirma ter provas concretas de que algumas pessoas ligadas à tentativa fracassada de golpe militar foram torturadas.

Erdogan insistiu que a Turquia tem uma política de "tolerância zero com a tortura" e acusou a Anistia Internacional de ignorar a violência utilizada pelos golpistas no dia 15 de julho.

Durante discurso a representantes de empresas estrangeiras que investem na Turquia, Erdogan convidou a Anistia Internacional a visitar as áreas atacadas pelos golpistas. "Se você tiver qualquer respeito próprio, você virá à Turquia... Você visitará nossos feridos no hospital e você verá quem fez o que", afirmou Erdogan.

No entanto, Erdogan reconheceu que alguns dos detidos podem ter sido espancados durante os tumultos, quando as forças governistas tentavam conter o golpe. "Do contrário, eles teriam matado nossos policiais", argumentou.

Em resposta a Erdogan, a Anistia Internacional disse condenar "a violência terrível" cometida pelos responsáveis pela tentativa fracassada de golpe.

"Ao mesmo tempo, a Anistia Internacional tem pedido às autoridades turcas que respeitem a lei e os direitos dos que foram detidos", afirmou o secretário geral da Anistia, Salil Shetty.

"O governo precisa soltar todos os presos, a menos que haja uma suspeita razoável de que eles tenham cometido um crime reconhecido", completou. Fonte: Associated Press.

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