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Erdogan acusa rivais políticos de criar tensões na Turquia

O primeiro-ministro da Turquia, o islamita Recep Tayyp Erdogan, acusou seus rivais políticos de provocar um aumento da tensão na Turquia


	O primeiro-ministro turco, Recep Tayyp Erdogan: líder condenou todas as atividades que promoveriam tensão
 (Mohd Fyrol/AFP)

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyp Erdogan: líder condenou todas as atividades que promoveriam tensão (Mohd Fyrol/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2014 às 13h59.

Ancara - O primeiro-ministro da Turquia, o islamita Recep Tayyp Erdogan, acusou hoje seus rivais políticos de provocar um aumento da tensão na Turquia a duas semanas das eleições municipais de 30 de março.

Em um comício eleitoral, o líder do governante partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) condenou todas as atividades que promoveriam tensão e pediu aos jovens de seu partido que não participem de atos nas ruas.

"Realizam provocações nas ruas, aterrorizam as ruas", afirmou Erdogan em Mersin, no sul do país, em referência aos três grandes partidos políticos com os quais concorre nas urnas.

O primeiro-ministro acusou especialmente o partido pró-curdo Paz e Democracia (BDP) de "não ter escrúpulos" e também os meios de comunicação de divulgar notícias "sem responsabilidade alguma", segundo informou o jornal "Hürriyet" em sua versão eletrônica.

Erdogan afirmou que os jovens do AKP "não estão na rua, nem até agora, nem a partir de hoje", no que parece ser uma chamada à calma diante das enormes manifestações que ocorreram em junho do ano passado e que retornaram ontem com o enterro de um adolescente em Istambul, presenciado por mais de 50 mil pessoas.

"Os jovens do AKP não lançam coquetéis molotov nem pedras nem portam paus, mas usam computadores, lápis e livros", disse Erdogan no que parecia uma tentativa de desmentir os insistentes rumores de que simpatizantes do AKP tentaram espancar manifestantes esquerdistas, como ocorreu ontem à noite em Ancara e Bursa.

Um jovem morreu ontem à noite em um tiroteio no bairro de Okmeydani, em Istambul, supostamente em um enfrentamento entre islamitas e esquerdistas.

Embora alguns meios de comunicação pró-governo tenham tentado retratar a vítima como um simpatizante do governo assassinado por "os manifestantes", as circunstâncias do crime não foram esclarecidas.

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