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Equipes retomam busca de corpos do naufrágio na Colômbia

O diretor da Unidade Nacional para a Gestão de Riscos de Desastres (UNGRD) disse que, além dos 7 mortos, há 13 desaparecidos

Polícia faz busca por corpos: a prefeitura de Guatapé decretou três dias de luto pela tragédia (Fredy Builes/Reuters)

Polícia faz busca por corpos: a prefeitura de Guatapé decretou três dias de luto pela tragédia (Fredy Builes/Reuters)

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AFP

Publicado em 26 de junho de 2017 às 16h17.

Equipes de socorro colombianas retomaram nesta segunda-feira a busca dos corpos do naufrágio de uma embarcação turística com 170 passageiros a bordo na represa El Peñol-Guatepé, nordeste do país, que deixou ao menos sete mortos.

O diretor da Unidade Nacional para a Gestão de Riscos de Desastres (UNGRD), Carlos Iván Márquez, disse à AFP que, além dos mortos, há 13 desaparecidos e 144 pessoas resgatadas com vida, entre elas duas hospitalizadas em condição estável.

Nas últimas horas, foi encontrado o corpo de Marta Gómez e os familiares de dois passageiros informaram que se encontravam vivos, segundo o diretor.

A filha de Gómez, Viviana Guzmán, contou à AFP que sua mãe, de 69 anos, viajava junto a sua irmã Ângela e o sobrinho de 7 anos.

Ângela contou que o barco tinha poucos salva-vidas e os que conseguiu colocou em sua mãe, seu filho e uma menina que estava no barco.

Quando estavam sendo resgatados, sua mãe se soltou de suas mãos, explicou Viviana, com a voz comovida e o resto cansado depois de correr pelos hospitais da região.

Resgate difícil

As autoridades afirmam que a presença de algas na represa dificulta a visibilidade e as operações de busca e há suspeitas de que existem corpos presos no primeiro dos quatro níveis do navio "El Almirante", ao qual os mergulhadores ainda não tiveram acesso.

Segundo imagens de vídeo, "El Almirante" naufragou por volta das 14h00 locais (16h00 de Brasília) de domingo, a 68 km de Medellín. A bordo haveria cerca de 170 pessoas, embora não haja um registro oficial de passageiros.

Cerca de vinte mergulhadores retomaram as buscas nesta segunda nas águas frias, profundas e escuras da represa, depois que a operação foi interrompida durante a noite por causa de tempestades elétricas, explicou Moncada.

Uma das descargas elétricas atingiu um dos mergulhadores, que foi levado para um centro de atendimento e se encontra bem, acrescentou.

O almirante Juan Francisco Herrera, encarregado da coordenação do resgate submarino, falou à Blu Radio de Bogotá que está prevista a chegada de mais cinco mergulhadores com 1,5 tonelada em equipamentos para fazer uma busca maior dentro da embarcação.

As baixas temperaturas da água também jogam contra as tarefas de resgate, já que, em outras ocasiões, pessoas morreram por causa de câimbras que as impediram de nadar.

Investigação

O vice-ministro dos Transporte, Alejandro Maya, disse à AFP que a empresa "HJ Vallejo y compañía Asobarcos Guatapé" é a dona da embarcação e está com sua licença de navegação em ordem.

"O que estamos estabelecendo através da investigação da Superintendência de Portos e Transporte é o uso de coletes salva-vidas, não apenas por parte da tripulaçã9, como também dos passageiros", assinalou Maya, que afirmou que há queixas e denúncias pela falta desses elementos.

Se comprovado que "El Almirante" não tinha ferramentas de socorro, a empresa poderá ser punida com uma multa e a perda de sua licença de operação.

A prefeitura de Guatapé decretou três dias de luto pela tragédia.

"O que me informaram até o momento é que a embarcação tinha um número correto de pessoas a bordo, ou seja, não foi por lotação que afundou, e foi muito rápido, de repente. Isso nos deixa com uma interrogação", afirmou o presidente Juan Manuel Santos, que se deslocou até o local da tragédia.

A represa de El Peñol-Guatapé é um dos principais pontos turísticos do departamento. Muitos turistas foram ao local aproveitando o fim de semana prolongado, já que nesta segunda é feriado no Colômbia.

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