Mundo

Equipe da ONU viaja à Síria em 48h

O porta-voz de Kofi Annan, emissário especial da ONU, não informou quando os observadores serão retirados

O exército sírio tenta retomar o controle dos redutos rebeldes
 (AFP)

O exército sírio tenta retomar o controle dos redutos rebeldes (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2012 às 10h50.

Genebra - Uma equipe das Nações Unidas viajará à Síria nas próximas 48 horas para preparar um plano de mobilização de observadores, anunciou, em Genebra, o porta-voz de Kofi Annan, emissário especial da ONU e da Liga Árabe.

O porta-voz não informou quando os observadores serão retirados.

"Necessitamos de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU e de um cessar da violência antes da mobilização", explicou.

Enquanto isso, violentos combates prosseguiam na Síria, onde o exército tenta retomar o controle dos redutos rebeldes, apesar do pedido da ONU para que as tropas fossem retiradas das cidades antes de 10 de abril.

Annan afirmou na segunda-feira ao Conselho de Segurança da ONU que Damasco havia aceitado a data limite de 10 de abril, um anúncio recebido com ceticismo pelos EUA.

Um pouco mais cedo, a Rússia, fiel ao regime sírio de Bashar al-Assad, rejeitou qualquer prazo para aplicar o plano de Annan, solicitado no domingo em Istambul pelos "Amigos da Síria".

Annan, que dirigiu o Conselho através de videoconferência de Genebra, disse que o governo de Damasco aceitou começar a aplicar o plano no dia 10 de abril e que respeitará um cessar-fogo dentro de 48 horas depois desse prazo, disseram fontes diplomáticas.

O emissário pediu aos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU que apoiem a data limite.

Annan também disse que o Conselho de Segurança deve começar a considerar a possibilidade de mobilizar uma missão de observadores para monitorar os acontecimentos na Síria, onde mais de 10 mil pessoas morreram desde o começo do conflito há um ano, segundo dados da ONU.

O plano de Annan defende o fim da violência por todas as partes, sob a supervisão da ONU, o fornecimento de ajuda humanitária às regiões afetadas pelos combates e a libertação das pessoas detidas arbitrariamente.

Acompanhe tudo sobre:ONUSíriaViolência urbana

Mais de Mundo

Presidente do México diz que “não haverá guerra tarifária” com EUA por causa de Trump

Austrália proíbe acesso de menores de 16 anos às redes sociais

Putin ameaça usar míssil balístico de capacidade nuclear para bombardear Ucrânia

Governo espanhol avisa que aplicará mandado de prisão se Netanyahu visitar o país