Carros da ONU na fronteira do Líbano com a Síria: se espera que cumpram com os processos burocráticos para equipe poder entrar na Síria (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2013 às 10h56.
Yudaidat Yabus - Os especialistas em armas químicas da ONU, encarregados de comprovar o arsenal químico do regime sírio, chegaram nesta terça-feira à fronteira do Líbano com a Síria, onde terão que aguardar os trâmites burocráticos para poder entrar neste país.
Segundo constatou a Agência Efe, o comboio no qual viaja a equipe da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), composto por 17 veículos, teve um pequeno atraso, mas já se encontra pronto para entrar na Síria, onde será escoltado por uma dezena de automóveis da segurança.
Após cruzar o posto fronteiriço, a missão da OPAQ se dirigirá ao hotel Four Seasons de Damasco, que abrigará os especialistas durante sua missão.
Neste momento, as autoridades sírias revisam os 34 passaportes da ONU que foram entregues para legitimar a missão dos especialistas, a qual deverá analisar o arsenal químico do regime do presidente Bashar al-Assad.
O comboio da segurança síria que aguarda os especialistas está composto por uma dezena de veículos, enquanto os agentes dos serviços de inteligência levam apenas armas leves.
A missão da OPAQ, procedente da Holanda, chegou ontem em Beirute a bordo de um avião privado.
Após sua chegada a Damasco, os especialistas começarão a operação para destruir as armas químicas na Síria, que, em sua primeira fase, se centrará na verificação da dimensão do arsenal.
Trata-se dos primeiros passos para a aplicação de um plano estipulado pela comunidade internacional e ratificado pela ONU para destruir o arsenal sírio durante o primeiro semestre de 2014.
O trabalho da primeira fase do processo é verificar os dados apresentados pela Síria sobre a quantidade de armamento químico. Posteriormente, a missão seguirá com a destruição das instalações de produção, enquanto a eliminação do armamento ficará para uma última fase.
A etapa de verificação implica tanto conversas de alto nível político como visita às instalações e o apoio técnico à Síria na elaboração de relatórios, itens que o regime de Assad tem que cumprir com requisitos formais marcados pela Convenção de Destruição de Armas químicas.
*Matéria atualizada às 10h56