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Equador terá apagões noturnos em todo o país por crise energética causada pela seca

País ficará sem energia nesta quarta-feira, 18; medida se repetirá de segunda a quinta-feira da próxima semana

Equador: dois ônibus circulam por uma via principal durante apagão anterior em Quito, em 19 de junho de 2024 (AFP/AFP)

Equador: dois ônibus circulam por uma via principal durante apagão anterior em Quito, em 19 de junho de 2024 (AFP/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 17 de setembro de 2024 às 10h34.

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O Equador sofrerá apagões em todo o país, com duração de oito horas em quatro noites na semana que vem, ao entrar em um novo período de escassez de eletricidade, causado por uma grave seca em suas principais usinas hidrelétricas, que está impedindo o atendimento da demanda doméstica. Em comunicado, o governo equatoriano anunciou na noite de segunda-feira, 16, que os apagões ocorrerão inicialmente em todo o país das 22h às 6h locais na segunda, terça, quarta e quinta-feira da próxima semana.

Um apagão nacional de características semelhantes já havia sido anunciado para a noite desta quarta-feira, 18, o que o governo atribuiu a uma medida para realizar trabalhos de manutenção na infraestrutura nacional de eletricidade com vistas a um novo período de racionamento de eletricidade.

Toque de recolher

Para esse apagão, a ministra do Interior, Mónica Palencia, anunciou a intenção do governo de decretar um toque de recolher para evitar distúrbios durante a suspensão da eletricidade, que ocorrerá sob o "conflito armado interno" declarado pelo presidente Daniel Noboa contra o crime organizado no início do ano.

Na próxima quinta-feira, as Forças Armadas devem assumir o controle do reservatório de Mazar, o segundo maior do país, como Noboa havia ordenado nos dias anteriores para evitar sabotagem nessa infraestrutura crítica para o abastecimento da demanda nacional de eletricidade. O reservatório de Mazar, localizado na província andina de Azuay, no sul do país, tem capacidade para 410 milhões de metros cúbicos de água e serve para alimentar um complexo de três usinas hidrelétricas localizadas na bacia do rio Paute.

Histórico de apagões

No entanto, nos últimos dias, o nível dessa reserva de água caiu drasticamente devido à falta de chuvas que a Cordilheira dos Andes vem sofrendo há vários meses. Este é o terceiro período de apagões que o Equador sofrerá em menos de um ano, depois do que ocorreu no final de 2023 e de outros que ocorreram em meados de abril deste ano.

Ao contrário dos períodos anteriores de racionamento de eletricidade, quando os cortes de energia eram realizados durante o dia em diferentes períodos e em diferentes áreas, desta vez eles abrangerão todo o país ao mesmo tempo e ocorrerão à noite. "O horário do corte foi escolhido com o objetivo de gerar o menor impacto possível nas atividades produtivas e no desenvolvimento das horas de trabalho", justificou o governo em nota

Nesse sentido, o governo de Noboa também ordenou que o setor público opere em regime de teletrabalho nas quintas e sextas-feiras desta e da semana que vem. Estima-se que cada hora de racionamento de eletricidade cause prejuízos de cerca de US$ 12 milhões ao país.

No início deste mês, houve um apagão em 11 das 24 províncias do Equador, que durou várias horas, devido a uma falha na usina hidrelétrica de Paute, de acordo com o estatal Operador Nacional de Eletricidade (Cenace). O governo havia alertado nos meses anteriores sobre a alta probabilidade de o país voltar a ter apagões devido à estação seca aguda, por isso estabeleceu processos de contratação e aluguel de geração de eletricidade para lidar com a crise.

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