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Equador recebe corpos de jornalistas assassinados na Colômbia

A equipe de imprensa equatoriana foi sequestrada na Colômbia em março autoridades dos dois países atribuem as mortes a dissidentes das Farc

Os trabalhadores do jornal foram sequestrados em 26 de março em uma zona rural equatoriana, na região fronteiriça com a Colômbia (John Vizcaino/Reuters)

Os trabalhadores do jornal foram sequestrados em 26 de março em uma zona rural equatoriana, na região fronteiriça com a Colômbia (John Vizcaino/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de junho de 2018 às 13h51.

Quito - Os corpos da equipe da imprensa equatoriana sequestrada em março e assassinada em cativeiro chegaram nesta quarta-feira a Quito procedentes da Colômbia em um avião da Força Aérea Equatoriana (FAE), que os transferiu desde Cali.

A aeronave, na qual também chegaram os familiares das vítimas que foram a essa cidade do sudoeste colombiano a apoiar o processo de identificação dos corpos, chegou ao aeroporto "Marechal Sucre", onde também foi recebida pelo chanceler, José Valencia, e o ministro do Interior, Mauro Toscanini.

As autoridades equatorianas e colombianas atribuem a dissidentes das Farc o sequestro do jornalista Javier Ortega, do fotógrafo Paúl Rivas e do motorista Efraín Segarra, que tinham ido à zona fronteiriça para elaborar uma reportagem para o jornal "El Comércio" sobre a crise de segurança na zona.

Um arco de água lançado desde caminhões-pipa recebeu o avião, desde o qual posteriormente vários oficiais de polícia extraíram os caixões cobertos cada um com a bandeira do Equador, antes de colocá-los em carros fúnebres decorados com flores brancas e fitas de seda roxas.

A passagem dos caixões até os carros foi acompanhada por música interpretada pela banda da polícia, cujas melodias também foram ouvidas enquanto os familiares e amigos da equipe jornalística caminhavam até os escritórios do aeroporto cheios de flores, bandeiras do país e fotografias de seus entes queridos.

Os trabalhadores do jornal foram sequestrados em 26 de março em uma zona rural equatoriana, na província de Esmeraldas e fronteiriça com a Colômbia, local no qual no final de janeiro explodiu um carro-bomba perto da principal delegacia da polícia, atentado atribuído ao mesmo grupo armado.

Pouco depois, a facção dissidente das Farc autodenominada "Frente Oliver Sinisterra" assumiu a autoria do sequestro e em 13 de abril, o presidente equatoriano, Lenín Moreno, confirmou o triplo assassinato.

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