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Equador pede investigação a funcionários ligados à Odebrecht

O país solicitou que sejam fixadas datas para que os funcionários públicos sejam chamados "a dar versões" dos negócios executados com a construtora

Odebrecht: a dimensão internacional do escândalo envolvendo a construtora foi revelada no final de 2016 (Nacho Doce/Reuters)

Odebrecht: a dimensão internacional do escândalo envolvendo a construtora foi revelada no final de 2016 (Nacho Doce/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de maio de 2017 às 08h57.

Quito - O vice-presidente do Equador, Jorge Glas, apresentou nesta quinta-feira na Procuradoria do país um "pedido extenso de investigação" aos funcionários públicos relacionados com projetos com a empresa Odebrecht.

"Este é um pedido extenso de investigação a todos os funcionários que tiveram projetos com esta empresa que sabemos que tem práticas corruptas", indicou Glas em uma comparecimento de imprensa transmitido por meios locais.

O vice-presidente, reeleito em 2 de abril, solicitou que seja fixada "a data e a hora" para que "ministros e ex-ministros", junto com "gerentes e ex-gerentes", sejam chamados "a dar versões" dos negócios executados com a construtora brasileira.

No entanto, esclareceu que este pedido "não significa (...) e esclareço com muito esforço, que exista suspeita de nenhuma natureza".

O procurador-geral do Equador, Galo Chiriboga, que acompanhou Glas em seu comparecimento, sustentou que desde seu escritório o pedido é visto "desde a perspetiva de que é possível cooperar com a descoberta dos fatos".

O Equador abriu uma investigação após a revelação da Justiça americana, em dezembro, de que a construtora brasileira pagou entre 2007 e 2016 US$ 33,5 milhões a funcionários do país andino.

Um escândalo de corrupção que é investigado também na Argentina, Chile, Colômbia, México, Portugal, Peru, República Dominicana, Venezuela e Brasil.

A dimensão internacional do escândalo foi revelada no final de 2016, quando o Departamento de Justiça dos EUA revelou que a multinacional admitiu ter pago US$ 788 milhões em subornos em 12 países da América latina e África.

A multinacional brasileira alcançou acordos judiciais com os Governos de EUA, Brasil e Suíça, e pagará multas que somam pelo menos US$ 2 bilhões.

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