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Equador: Moreno pede investigação de suposta apoio das Farc a Correa

Presidente diz ter recebido vídeo com relato de que guerrilheiros entregavam dinheiro para campanhas do ex-presidente Rafael Correa

Moreno: "Pedi para que se comprove a veracidade (do vídeo)" (Daniel Tapia/Reuters)

Moreno: "Pedi para que se comprove a veracidade (do vídeo)" (Daniel Tapia/Reuters)

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EFE

Publicado em 18 de abril de 2018 às 18h10.

Última atualização em 18 de abril de 2018 às 18h14.

O presidente do Equador, Lenín Moreno, pediu às autoridades do país para que verifiquem a autenticidade de um vídeo sobre a suposta entrega de dinheiro da então guerrilha das Farc às campanhas eleitorais do mandatário anterior, Rafael Correa.

"Acabamos de ver um vídeo, passado a mim pelo jornalista Fernando Rincón, que evidencia inclusive um relato que as Farc entregavam dinheiro para as campanhas do ex-presidente Correa", disse o chefe de Estado em entrevista ao programa "Noticias RCN".

"Pedi para que se comprove a veracidade (do vídeo). Vi duas ou três imprecisões, portanto também as manifestei porque, se for assim, é uma falta de ética e um desrespeito ao que deve ser a política", acrescentou.

Em julho de 2009, o então procurador-geral da Colômbia, Mario Iguarán, disse que havia evidências nos computadores do líder guerrilheiro "Raúl Reyes", morto em território equatoriano em uma operação colombiana, que permitiam "inferir" supostos elos de dois ex-funcionários do Equador com as Farc.

O Exército colombiano bombardeou no dia 1º de março de 2008 um acampamento das Farc instalado em território equatoriano, no qual morreram 26 pessoas, entre elas o número dois das Farc, conhecido como "Raúl Reyes", e Franklin Alisalla.

Após a operação, militares colombianos recuperaram dois computadores e vários cartões de memória de uso pessoal de "Reyes", nos quais constavam e-mails entre o chefe guerrilheiro e pessoas de vários países.

Segundo disse Iguarán à época, as evidências provavam os supostos vínculos de Gustavo Larrea e José Ignacio Chauvín, dois funcionários equatorianos da época, com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

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