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Equador amplia racionamento de energia de oito para 14 horas diárias

Ela acrescentou que o programa de apagões será reavaliado no domingo

A seca histórica no Equador reduz os níveis das hidrelétricas, levando a cortes de energia de até 14 horas por dia (AFP)

A seca histórica no Equador reduz os níveis das hidrelétricas, levando a cortes de energia de até 14 horas por dia (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 25 de outubro de 2024 às 09h58.

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O Equador ampliará os cortes de energia elétrica de oito para 14 horas por dia a partir desta sexta-feira, 25, devido à pior seca que o país enfrenta em seis décadas, anunciou a ministra de Minas e Energia, Inés Manzano. "Tomamos a dolorosa, mas responsável, decisão de modificar o plano de racionamento, aumentando de oito para 14 horas diárias", afirmou a ministra em um vídeo publicado nas redes sociais.

Ela acrescentou que o programa de apagões será reavaliado no domingo.

Devido à seca, que reduziu os reservatórios das hidrelétricas que abastecem 70% da demanda nacional de energia, o país já havia adotado racionamentos de até 13 horas diárias em abril. Na segunda-feira, a fase atual de cortes foi reduzida de 10 para oito horas diárias, com previsão de cair para seis horas na próxima segunda-feira e para quatro horas na primeira semana de novembro.

"Enfrentamos uma crise dinâmica e sem precedentes que nos obriga a uma adaptação a cenários de mudança", destacou Manzano. O Equador, com 17 milhões de habitantes, precisa de 4.600 MW e enfrenta um déficit de 1.600 MW.

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América do Sul em seca sem precedentes

"Toda a América do Sul enfrenta uma seca sem precedentes, e o Equador não é exceção. Vários países têm cortes de energia elétrica e todos vimos as imagens do Rio Amazonas seco", afirmou a ministra. A confederação empresarial estima perdas de 12 milhões de dólares (67,9 milhões de reais) por cada hora de interrupção de energia.

O "principal problema" dos racionamentos, segundo Manzano, é a baixa vazão para a operação das hidrelétricas de Mazar e Coca Codo Sinclair, as mais importantes do país. O governo "compreende a situação" dos equatorianos, que também enfrentam uma crise de segurança, com aumento da violência vinculada ao narcotráfico.

Planos de expansão energética

O presidente Daniel Noboa anunciou que o governo planeja incorporar cerca de 1.600 MW ao sistema energético nacional entre novembro e o primeiro trimestre de 2025, com geração térmica e a operação de outra central hidrelétrica.

Com a crise hídrica, 20 das 24 províncias equatorianas estão em alerta vermelho. A seca também provocou cerca de 3.600 incêndios florestais, afetando o abastecimento de água potável, a produção agrícola e as telecomunicações.

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