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Epidemia de ebola permanece emergência mundial, diz OMS

Em comunicado divulgado pela OMS, comitê explica que decidiu "por unanimidade" manter o status de "emergência de saúde pública de alcance mundial"


	Ebola: análises mostram que casos estão diminuindo nos países mais afetados
 (Zoom Dosso/AFP)

Ebola: análises mostram que casos estão diminuindo nos países mais afetados (Zoom Dosso/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 15h38.

Genebra - A epidemia de ebola na África Ocidental continua classificada como "emergência de saúde pública de alcance mundial", declarou nesta quarta-feira a diretora geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, que aceitou as recomendações do Comitê de Emergência do organismo.

Esse comitê, composto por especialistas de diversas áreas, se reuniu ontem pela quarta vez para avaliar a atual situação da epidemia do vírus do ebola, decidir se ainda representa uma ameaça à saúde pública mundial e, deste modo, estabelecer as recomendações necessárias.

Em comunicado divulgado nesta quarta-feira pela OMS, o Comitê explica que decidiu "por unanimidade" manter o status de "emergência de saúde pública de alcance mundial" e também as recomendações feitas sobre como atuar para conter a expansão do vírus - tanto em Guiné, Libéria e Serra Leoa, os países mais afetados, como em outros.

Análises mostram que os casos estão diminuindo nos países com mais casos, o que confirma que a estratégia farmacêutica aplicada está funcionando.

Além disso, o Comitê informou que apesar de alguns casos pontuais de expansão além das fronteiras desses três países, como em Espanha, Estados Unidos, Senegal, Nigéria, Mali e Reino Unido, a epidemia se manteve em seus focos iniciais, o que, mais uma vez, confirma que a resposta dada é a correta.

Diante desta situação, pede-se "encarecidamente" aos governos de Guiné, Libéria e Serra Leoa que continuem com os controles de saída para evitar a exportação do vírus.

Estes controles devem durar até que o contágio tenha cessado completamente nos três países.

O Comitê deu ênfase à necessidade de que a comunidade internacional colabore com estes controles de saída.

Para os países fronteiriços com a Guiné, Libéria e Serra Leoa, o Comitê recomenda que continuem com uma vigilância ativa nas fronteiras e que se comprometam com a cooperação bilateral, compartilhando informações e recursos.

As autoridades locais também devem estar envolvidas neste processo.

Para os demais países, o Comitê enfatizou a necessidade de evitar o estabelecimento de medidas que interfiram na troca de pessoas ou mercadorias.

O Comitê identificou que até 40 países estabeleceram medidas não recomendadas pelo organismo, como controles de entrada, quarentenas obrigatórias para pessoas que estejam retornando de viagem e proibição de entrada.

"Estas medidas estão impedindo o recrutamento e retorno de pessoal internacional, e têm efeitos danosos nas comunidades locais, por aumentar o estigma e o isolamento e por afetar negativamente as economias locais", afirmaram os especialistas.

O Comitê lembrou que medidas extraordinárias só devem ser implantadas em caso de evidências médicas comprovadas sobre o risco de contágio.

Por fim, a OMS destaca que o objetivo principal continua sendo reduzir a "zero os casos de ebola" nos países mais afetados, medida mais efetiva para evitar que o vírus se propague internacionalmente.

De acordo com a última apuração da OMS, até o momento mais de 21.300 casos de ebola (confirmados, prováveis e suspeitos) e mais de 8.500 mortes foram contabilizadas.

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