Brasília - Dados divulgados hoje (31) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que 4.951 pessoas morreram de ebola desde o início do atual surto da doença, no começo deste ano. 
	Desde então, 13.567 pessoas foram contaminadas pelo vírus.
	O surto da doença está concentrado em três países africanos: Serra Leoa, na Libéria e na Guiné, onde 13.540 pessoas foram contaminadas pelo vírus e 4.941 morreram. 
	Todos os distritos da Libéria e de Serra Leoa registraram casos de ebola.
	Mali, Nigéria e Senegal, também na África, Estados Unidos e Espanha tiveram casos iniciais da doença, importados dos países onde há epidemia e/ou transmissão localizada.
	Em outro país africano, a República Democrática do Congo, foram registrados casos da doença totalmente desconectados do surto.
	A Nigéria teve 20 casos e oito mortes e o Senegal, um. Os dois países já são considerados livres do ebola. 
	No Mali, a única paciente com ebola morreu. Na Espanha, uma enfermeira foi contaminada pelo vírus e, apesar da gravidade do caso, foi curada. 
	Nos Estados Unidos, quatro pessoas contraíram o vírus e uma delas morreu.
	Na República Democrática do Congo, 66 pessoas tiveram ebola e 49 morreram. Os casos da doença nesse país estão totalmente desconectados dos anteriormente citados. 
	Faz 20 dias que o país não tem notificação de novos casos – quando completar 42 dias sem registro, será considerado livre do ebola.
	No Brasil, o governo ainda considera remota a possibilidade de disseminação do vírus, já que não há voos diretos vindos dos países onde há surto. 
	Mesmo assim, o Ministério da Saúde decidiu aferir a temperatura de passageiros procedentes da Guiné, de Serra Leoa e da Libéria que desembarcam no Brasil, em uma tentativa de identificar casos suspeitos de ebola. 
	A medida foi anunciada pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, e já está sendo implementada desde as 5h de hoje no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
	Normalmente o ebola se manifesta entre cinco e 21 dias depois da contaminação.
	Inicialmente, após o contato e a infecção pelo ebola, o principal sintoma é a febre, que pode vir associada a dores no corpo (músculos e garganta) e de cabeça. 
	Náuseas, vômitos e diarreia podem vir em seguida. Com a evolução da doença, o paciente começa a ter sangramentos, que podem ser na pele, na boca e no intestino, o que pode levar à morte.
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                    1. Milhares de vítimas
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1/15  (John Moore/Getty Images)
	O vírus ebola tem um índice de mortalidade de 70%. Ao lado da tragédia, o fotógrafo John Moore decidiu retratar os raros sobreviventes da doença na Libéria, o país mais afetado pela epidemia.	Na foto, Jeremra Cooper, 16, enxuga o rosto do calor, enquanto espera na seção de baixo risco dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), em Paynesville, Libéria.	O aluno da 8 ª série disse que perdeu seis familiares para a epidemia de Ebola antes de ficar doente e de ser enviado para o centro dos MSF, onde ele se recuperou após um mês.
 
                
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                    2. Mohammed Wah, 23
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2/15  (John Moore/Getty Images)
	O trabalhador da construção civil diz que o Ebola matou cinco membros de sua família e que ele acha que contraiu a doença enquanto cuidava de seu sobrinho.
 
                
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                    3. Varney Taylor, 26
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3/15  (John Moore/Getty Images)
	Perdeu três membros da família para a doença e acredita que contraiu Ebola enquanto carregava o corpo de sua tia após a morte dela.
 
                
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                    4. Benetha Coleman, 24
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4/15  (John Moore/Getty Images)
	Seu marido e dois filhos morreram em decorrência da doença.
 
                
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                    5. Victoria Masah, 28
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5/15  (John Moore/Getty Images)
	Seu marido e dois filhos morreram por causa do ebola.
 
                
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                    6. Eric Forkpa, 23
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6/15  (John Moore/Getty Images)
	O estudante de engenharia civil, disse que acha que pegou ebola enquanto cuidava de seu tio doente. Ele passou 18 dias no centro dos MSF se recuperando do vírus.
 
                
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                    7. Emanuel Jolo, 19
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7/15  (John Moore/Getty Images)
	O estudante do ensino médio perdeu seis membros da família e acredita que contraiu a doença enquanto lavava o corpo de seu pai, que morreu de Ebola.
 
                
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                    8. James Mulbah, 2
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8/15  (John Moore/Getty Images)
	O garotinho posa para a foto enquanto é segurado pela mãe, que também se recuperou do ebola.
 
                
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                    9. John Massani, 27
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9/15  (John Moore/Getty Images)
	Trabalhador da construção civil, ele acredita que pegou a doença enquanto carregava o corpo de um parente. Ele perdeu seis familiares por causa do ebola.
 
                
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                    10. Mohammed Bah, 39
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10/15  (John Moore/Getty Images)
	Bah, que trabalha como motorista, perdeu a mulher, a mãe, o pai e a irmã para o ebola.
 
                
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                    11. Vavila Godoa, 43
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11/15  (John Moore/Getty Images)
	O alfaiate diz que o estigma de ter tido Ebola é algo difícil. Ele perdeu todos os seus clientes devido ao medo. "Eles não vêm mais", afirma. Ele acredita que pegou Ebola enquanto cuidava de sua esposa doente.
 
                
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                    12. Ami Subah, 39
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12/15  (John Moore/Getty Images)
	Subah, uma parteira, acha que pegou ebola quando fez o parto de um bebé de uma mãe doente. O menino, segundo ela, sobreviveu, mas a mãe morreu. Ela diz que não teve trabalho desde sua recuperação, devido ao estigma de ter tido Ebola. "Não me deixam nem tirar água do poço comunitário", afirma.
 
                
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                    13. Peters Roberts, 22
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13/15  (John Moore/Getty Images)
	O aluno do 11º ano perdeu uma irmã, o tio e um primo para o Ebola. Ele acredita que contraiu a doença enquanto cuidava de seu tio.
 
                
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                    14. Anthony Naileh, 46, e Bendu Naileh, 34
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14/15  (John Moore/Getty Images)
	Anthony disse que é um estenógrafo no Senado liberiano e planeja voltar a trabalhar na sessão de janeiro. Bendu, uma enfermeira, acha que pegou ebola após colocar as mãos em posição de oração ao rezar por um sobrinho que tinha a doença. Em seguida, ela adoeceu e seu marido cuidou dela.
 
                
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                    15. Moses Lansanah, 30
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15/15  (John Moore/Getty Images)
	O trabalhador da construção civil perdeu sua noiva Amifete, com então 22 anos, que estava grávida de 9 meses do seu filho.