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Epidemia de AIDS se propaga na Rússia

Em 2012 foram registrados 69.849 novos casos de Aids na Rússia ou seja, 12% a mais do que em 2011 (62.384 casos), segundo dados oficiais russos


	Símbolo do combate a Aids: especialistas constatam "uma generalização da epidemia de Aids", que agora não afeta apenas os grupos de risco, mas todas as camadas da sociedade.
 (Reuters)

Símbolo do combate a Aids: especialistas constatam "uma generalização da epidemia de Aids", que agora não afeta apenas os grupos de risco, mas todas as camadas da sociedade. (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2013 às 16h18.

Moscou - A epidemia de Aids continua se propagando na Rússia, onde o número de óbitos e novos casos não para de aumentar, tornando a situação "crítica", segundo especialistas, que denunciam a falta de uma estratégia de prevenção.

"A situação na Rússia é crítica. Estamos nos aproximando do que acontece na África", advertiu nesta quinta-feira o diretor do Centro Federal russo de luta contra a Aids, Vadim Pokrovski, durante entrevista coletiva em ocasião do Dia Mundial em Memória das Vítimas da Aids, no próximo domingo.

Em 2012 foram registrados 69.849 novos casos de Aids na Rússia ou seja, 12% a mais do que em 2011 (62.384 casos), segundo dados oficiais russos.

O número de mortes provocadas pela Aids na Rússia também continua aumentando, passando de 18.414 em 2011 para 20.511 em 2012, o que representa um aumento de 11,4%.

"Não temos estratégia nacional alguma de luta contra a Aids. O Estado gasta 19 bilhões de rublos (470 milhões de euros) anuais no diagnóstico e no tratamento das pessoas que já contraíram o vírus da Aids, e só 200 milhões de rublos (5 milhões de euros) vão para os programas de prevenção", reforçou Pokrovski.

O aumento do número de mortes na Rússia está vinculado ao fato de que com frequência os soropositivos começam o tratamento antirretroviral "tarde demais", já que os médicos hesitam em receitar medicamentos caros demais, explicou Pokrovski.

Os especialistas constatam "uma generalização da epidemia de Aids", que agora não afeta apenas os grupos de risco (dependentes químicos, prostitutas), mas todas as camadas da sociedade, destacou o especialista.

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